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Há muito de diversionismo no acordo de cooperação comercial firmado na semana passada entre a Azul e a TAP. O timing do anúncio não passaria de uma cortina de fumaça para o desembarque de David Neeleman da companhia aérea portuguesa. Duas fontes próximas ao empresário, principal acionista da Azul, confirmaram ao RR que ele está em tratativas avançadas com o governo de Portugal para sair do capital da TAP.
De acordo com um dos informantes, o presidente da empresa, Antonoaldo Neves – ex-CEO da Azul – já estaria de malas prontas para deixar Portugal antes mesmo do acordo ser fechado. Neves já teria nova missão: auxiliar o empresário na montagem de sua nova companhia aérea nos Estados Unidos, a Moxy Airways. As próprias autoridades portuguesas têm intermediado conversações com empresas de aviação europeias interessadas em assumir a parte de Neeleman na TAP. Entre participação direta e indireta, por meio do consórcio Atlantic Gateway, o empresário detém 45% do capital total. Procurada, a Azul informou que “não há qualquer relação proporcional entre o acordo de codeshare com a TAP e a eventual saída de nosso fundador do capital da empresa portuguesa.”
Consultado especificamente sobre a venda da participação, Neeleman não se pronunciou. Não é de hoje que o relacionamento entre Neeleman e o Estado português enfrenta sérias turbulências. A situação se acentuou nos últimos meses com o agravamento da crise financeira da TAP. Aquela companhia rentável que o ex-presidente da Varig Fernando Pinto tanto se orgulhava de ter tirado da bancarrota, no início dos anos 2000, não existe mais. Só nos últimos dois anos, a TAP perdeu 200 milhões de euros. Ao mesmo tempo, Neeleman e Neves enfrentam uma dura resistência dos sindicatos locais que ganharam força com o regime do primeiro ministro socialista António Costa.
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