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Qual é o futuro da Ale, talvez a mais cortejada distribuidora de combustíveis do Brasil? A resposta, que vale 6% de market share, um faturamento anual de R$ 9 bilhões e mais de 1,7 mil postos, passa necessariamente por outra pergunta: qual é o futuro do Darby Private Equity na empresa? Há mais de seis anos, quando comprou 23,5% da distribuidora de combustíveis, a gestora norte-americana fixou o mês de dezembro de 2012 como marco para o início do processo de desinvestimento. No entanto, quase meio ano se passou, e o Darby não se desfez sequer de um porcento de sua fatia acionária. Muito pelo contrário. Segundo fonte ligada a Ale, os norteamericanos começam a dar sinais de interesse em seguir na direção contrária. Em vez de tomar o rumo de casa, o Darby estaria disposto a servir de porta de saída para os acionistas controladores, o grupo mineiro Asamar e a potiguar SAT, do empresário Marcelo Alecrim, que, juntos, detêm o equivalente a 75% do capital. Numa estrada que resvala no hipotético e trisca no real, o private equity pagaria a Asamar e a Sat os cerca de R$ 4 bilhões que, há dois anos, o Grupo Ultra não topou desembolsar pelo controle da Ale. A partir daí, caberia ao próprio Darby pedalar o crescimento da Ale e mais a frente buscar um sócio ou até um novo controlador para o negócio. Este não é um jogo de soma zero ou um desenho de linhas retas. O grupo Asamar e o empresário Marcelo Alecrim sabem, melhor do que ninguém, do potencial de crescimento da Ale, que deve ganhar mais 160 postos neste ano e, em 2014, bater a marca de R$ 10 bilhões de faturamento. Por que, então, vender agora uma participação que, mais alguns quilômetros a frente, deve valer muito mais? Marcelo Alecrim e Asamar sabem também que, sai ano, entra ano, a empresa tem exigido investimentos cada vez mais pesados. Da mesma forma, conhecem como poucos até onde a perna da Ale pode ir. Por mais que inaugure uma fieira de postos, há algum tempo a distribuidora permanece estacionada na mesma faixa de market share, sem conseguir tirar participação do trio de ferro do setor: BR, Ultra e Raizen/Shell. De acordo com a mesma fonte, os controladores da Ale vêm pensando com seus botões se não seria a hora de abastecer o bolso com combustível financeiro de altíssima octanagem, deixando para outro a tarefa de aditivar o negócio.
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