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CEB fica em recuperação no provão aplicado pela Aneel

  • 13/05/2013
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O governador Agnelo Queiroz caminha sobre um fio de altíssima tensão. Dificilmente a Companhia Energética de Brasília (CEB) conseguirá escapar de uma daquelas multas de fechar o comércio. Até o fim de julho, a Aneel deverá concluir a análise de todos os pedidos de renovação de licenças feitos pelas distribuidoras que aderiram ao novo plano do governo, lançado em setembro do ano passado. De acordo com uma alta fonte da agência, a situação da CEB é extremamente complicada. Os indicadores operacionais da companhia parecem o boletim de um aluno prestes a repetir de ano. A distribuidora teria ficado abaixo da linha de corte em alguns dos principais critérios de avaliação adotados pela agência reguladora, a começar por questões que dizem respeito diretamente a  qualidade do serviço – como número de queixas ao call center e aos órgãos de defesa do consumidor, frequência e duração dos cortes de fornecimento de energia e tempo médio para religação da luz. A CEB também tirou notas baixas em itens técnicos, que revelam riscos em relação a  própria operação. Um exemplo: o nível de tensão em sua rede de distribuição estaria fora dos padrões estipulados pela Aneel. Procurada, a empresa informou que “não foi notificada sobre o assunto”. Se, nesta balança, pesasse apenas a letra fria das normas que regulam o setor, a CEB estaria sob sério risco até mesmo de não ter sua concessão renovada. No entanto, a hipótese de cassação da licença soa como extrema, inusitada e, sobretudo, politicamente improvável. Na prática, significa dizer que o Ministério de Minas e Energia arrancaria a outorga das mãos de um governo do PT, jogando Agnelo Queiroz em uma fogueira. Mais fácil a Praça dos Três Poderes ficar apagada por todo o inverno. Ainda assim, por si só, a multa da Aneel já será um fator de desgaste para Agnelo Queiroz. Segundo a fonte do RR, a punição pode somar algumas dezenas de milhões de reais. Queiroz tem se movimentado na penumbra de Brasília para evitar esse curto-circuito. Há cerca de duas semanas, teria conversado sobre o assunto com o ministro Edison Lobão. A isca para amansar a Aneel seria a apresentação de um alentado plano de investimentos. Algo, aliás, que a empresa já não vê há um bom tempo.

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