Economia

Até quando o BC vai ficar de braços cruzados em relação ao câmbio?

  • 2/07/2024
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O dólar no Brasil obedece a uma regra rígida do tripé macroeconômico, também uma contribuição da equipe da PUC-RJ. Ou seja, câmbio flutuante, meta fiscal e meta de inflação. O próximo comunicado do Copom e a Ata de Inflação deverão ser mais do mesmo. Não fosse um detalhe que deixa uma pulga atrás da orelha do mercado: por que o BC não interveio até agora em um câmbio desembestado? Pode ser que o motivo sejam fatores exógenos, podem ser endógenos – entre eles a incontrolável disposição de Lula palpitar sobre a taxa de juros sem entender patavinas sobre o assunto. Pode ser muita coisa. Mas, em situações similares, o BC esfriou o mercado com os swaps cambiais. Há pouco, o dólar bateu em R$ 5,70. A perspectiva é que, com o aumento das eleições municipais, a temperatura aumente.
A outra forma de segurar o câmbio seria reverter o ciclo da Selic, dormindo em berço agitado, e jogar os juros para cima. Mas é impossível. Nesse caso, Lula assumiria informalmente a cadeira de diretor de política monetária do BC, falaria que nem uma matraca, e o dólar iria a R$ 6,00. Contudo, o fato do BC se omitir na festa do câmbio – deve ter gente ganhando fortunas – permanece como um enigma. Aliás, um péssimo enigma. Até porque, não existe diretor do colegiado que não saiba o bê-a-bá da transmissão do dólar alto para os preços. Estranho! Muito estranho!

#BC #Câmbio #meta fiscal

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