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Não existe ainda uma psicologia da invasão virtual que permita identificar pelas digitais cibernéticas se um ataque é produto da ação de um hacker, de outro hacker ou de uma rede de hackers. Pode até ser que ele sofra da Síndrome de Sybil (múltiplas personalidades) ou da bipolaridade de Norman Bates, protagonista do filme Psicose. Mas, à primeira vista, o invasor que adentrou o telefone do procurador Marcelo Weitzel Rabello de Souza nesta semana não é o mesmo que monitorou as mensagens trocadas por Sergio Moro, Deltan Dellagnol e outros integrantes da “República de Curitiba”. A não ser que ele tenha uma identidade fracionada, o hacker frio e discreto que abasteceu o The Intercept nada tem a ver com o hacker traquinas que irrompeu no grupo de conversas do Telegram formado por integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público vangloriando-se dos seus feitos. A impressão que se tem da aparição é que foi uma demonstração de puro exibicionismo. Não se sabe se calculado. A pergunta que conecta todas as hipóteses: além dele próprio, quem mais se beneficiou das estripulias do hacker desinibido? É pouco provável que tenha sido o The Intercept.
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