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A Celesc é a Ucrânia do setor elétrico. O embate entre a Previ e a Tarpon Investimentos, dois dos maiores acionistas da distribuidora, e o governo catarinense ganhou um novo capítulo. O alvo da vez é a diretoria financeira da estatal. O fundo de pensão e a gestora de recursos estariam fazendo pressão pela saída do executivo José Carlos Oneda, o dono da cofre da Celesc. A dupla tem disparado severas críticas a gestão de Oneda. Alega que a distribuidora catarinense não teria feito um planejamento financeiro adequado para enfrentar a nova política tarifária do setor, o que poderá trazer prejuízos para os acionistas. Na visão de Previ e Tarpon, Oneda falhou também na missão de controlar os gastos administrativos da empresa, descumprindo restrições orçamentárias impostas pelo Conselho de Administração. Procurada pelo RR, a Celesc disse desconhecer a exigência da Previ e da Tarpon. Também consultada, a Previ negou fazer pressão pela demissão de Oneda. Está feito o registro. O que não dá para negar é que, há mais de três anos, ela e a Tarpon brigam para ter mais espaço na administração da Celesc. Não se trata de minoritários quaisquer. A dupla controla 28% das ordinárias. Acima delas, só o próprio Tesouro catarinense. Curiosamente, é bom que se diga, as críticas a Oneda crescem no momento em que a Celesc conseguiu sair de um período de estiagem financeira. Entre janeiro e setembro do ano passado, a empresa teve lucro de R$ 149 milhões, contra um prejuízo de R$ 122 milhões nos nove primeiros meses de 2012.
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