Aisin sacoleja nas curvas do mercado brasileiro

  • 20/01/2015
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Bastaram quatro anos no país para a fabricante de autopeças Aisin conhecer dois “Brasis”. Os japoneses desembarcaram em 2011, ainda a tempo de aproveitar o boom da indústria automobilística nacional; agora, estão descobrindo como é trafegar na mão contrária. A meta de chegar aos R$ 200 milhões de faturamento em 2015 já foi para o fundo da garagem – a nova linha de chegada, mais modesta, marca aproximadamente R$ 140 milhões. Em setembro do ano passado, a companhia anunciou a expansão de sua fábrica de componentes para motores em Itu (SP), orçada em US$ 70 milhões. A realidade mudou, e os japoneses devem segui-la. Todo o projeto está sendo reavaliado. Mais de metade da segunda unidade de produção do complexo de Itu vai ficar vazia, a  espera de dias melhores. O início das atividades no restante da área, previsto para este ano, pode ser postergado para 2016. O adiamento da compra do maquinário deve gerar uma economia da ordem de US$ 20 milhões. O impacto da crise do setor sobre as contas da Aisin no Brasil só não é maior devido a um airbag chamado Toyota. A fabricante de autopeças segue o rastro da montadora, sua maior cliente tanto no Japão quanto no exterior. No momento, a Aisin pega carona no aumento da produção local do Etios. Entre janeiro e junho do ano passado, o modelo compacto garantiu o melhor semestre da história da Toyota no país.

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