Tag: Nicolás Maduro
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Política
Venezuela é sempre um prato cheio para o bolsonarismo
3/09/2024Parlamentares da “bancada bolsonarista”, liderados pelo próprio Eduardo Bolsonaro, se articulam para acionar o TCU. Vão pedir formalmente ao Tribunal de Contas que investigue a origem dos recursos usados para custear a recente viagem de uma delegação do MST à Venezuela. Os sem-teto se encontraram com Nicolás Maduro, que chegou a usar o tradicional boné do movimento. Provavelmente, não vai dar em nada. Mas quem disse que os bolsonaristas estão preocupados com isso. A simples ida ao TCU já dará munição de sobra para a extrema direita torpedear o governo Lula e o PT nas redes sociais. E o que mais importa?
Política externa
Relação entre Lula e Maduro nunca teve tantos ruídos
23/08/2024Pode até não passar de mero teatro ou, vá lá, uma frente fria passageira que estacionou sobre o Brasil e a Venezuela. Mas, ao menos neste momento, há nuances diferentes na relação entre os governos Lula e Maduro. Vide a resolução publicada pela OEA no último dia 16, pedindo, entre outros seis pontos, que a Venezuela apresente as atas de votação da eleição presidencial.
Segundo informações filtradas do Itamaraty, o embaixador Benoni Belli, representante do Brasil na OEA, teve um papel importante nos bastidores na costura dos termos do manifesto do organismo multilateral. Quem te viu, quem te vê. Duas semanas antes, o Brasil se absteve de assinar uma resolução similar. No dia anterior, cabe lembrar, Lula declarou que não reconhecia a vitória de Maduro.
Política externa
O outro “Custo Maduro” para o governo Lula
16/08/2024Nicolás Maduro está custando caro para o Brasil. E não apenas em aspectos intangíveis. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, está requisitando mais verbas e a cessão de funcionários de outros órgãos federais para dar conta do atendimento de refugiados venezuelanos. De acordo com dados do Ministério da Justiça, mais de quatro mil pessoas já atravessaram a fronteira com Roraima desde a eleição e o agravamento da crise institucional no país vizinho. Há dias em que a Pasta registrou a entrada de mais de 300 venezuelanos no Brasil. São famílias inteiras, com crianças e bebês, muitos com quadro de anemia ou desidratação e sem vacinas correspondentes à idade. O fluxo de refugiados para o lado de cá da fronteira é uma torneira aberta, que nunca mais fechou. No entanto, o momento foge do “trivial”. As autoridades brasileiras calculam que o número de pessoas deve aumentar nos próximos dias, por conta dos bloqueios de estradas na Venezuela, o que dificulta o transporte de comida e mantimentos, e pela forte repressão do governo Maduro contra oposicionistas.
Política externa
Nicolás Maduro causa fissuras no sindicalismo brasileiro
13/08/2024Nicolás Maduro está provocando um racha na base sindical brasileira. O motivo é o manifesto de apoio ao presidente venezuelano divulgado conjuntamente pela CUT, Força Sindical e Central dos Sindicatos Brasileiros. Há informações de que a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) se recusaram a assinar o documento. Um dos pontos nevrálgicos de discórdia foi o trecho que cita a “realização soberana e democrática da eleição presidencial” na Venezuela.
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) também se negou a subscrever o manifesto. Mas, nesse caso, por uma razão oposta à da UGT e NCST: no seu entendimento, acreditem, o texto deveria ter enaltecido ainda mais a figura de Maduro. Para se ter uma ideia da dimensão da fissura entre as centrais sindicais, o tema foi levado à presidente do PT, Gleisi Hoffmann. CUT e Força Sindical tentaram se valer do seu peso político para, digamos assim, convencer a UGT e a NCST a assinar o desagravo a Maduro. Se Gleisi tentou persuadir as duas entidades, ninguém sabe, ninguém viu.
Política externa
Manifesto contra Nicolas Maduro causa saia justa no Itamaraty
5/03/2024Uma iniciativa da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet está provocando certo constrangimento na diplomacia brasileira, notadamente entre nomes ligados ao PT. Bachelet tem buscado apoio a um documento em repúdio ao fechamento do Escritório da ONU para Direitos Humanos na Venezuela. Até o momento, Celso Lafer foi o único dos ex-ministros das Relações Exteriores a subscrever o manifesto, juntando-se a outros 17 ex-chanceleres latino-americanos. Bachelet comanda a mobilização não apenas com o peso de ex-chefe de governo do Chile, mas também com o status de ter sido Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU entre 2018 e 2022.
Política
Bolsonaristas montam um palanque para adversária de Nicolás Maduro
12/07/2023Parlamentares bolsonaristas, liderados por Eduardo Bolsonaro, articulam a vinda de Corina Machado ao Brasil para participar de uma série de palestras voltada ao eleitorado da direita. Corina lidera as pesquisas de opinião entre todos os 14 pré-candidatos de oposição na Venezuela. É a favorita para as eleições primárias de outubro e consequentemente para disputar a eleição presidencial do ano que vem contra Nicolás Maduro. Isso se Corina puder concorrer. No mês passado, a Controladoria Geral da República da Venezuela declarou a inelegibilidade da ex-deputada. Eduardo Bolsonaro e aliados próximos enxergam a oportunidade de pegar carona no episódio e colar o caso de Jair Bolsonaro ao de Corina Machado, para reforçar a tese de que o ex-presidente foi alvo de perseguição política do TSE.
Política
Juan Guaidó é o “troféu” da vez para a extrema direita brasileira
19/06/2023Eduardo Bolsonaro está articulando um encontro, em Miami, com Juan Guaidó, líder da oposição na Venezuela. O “03” pretende viajar com outros parlamentares bolsonaristas, como Nikolas Ferreira (PL-MG). Uma das ideias é transmitir o encontro ao vivo nas redes sociais – a arena preferida da extrema direita. O objetivo é criar um fato político em contraponto às recentes mesuras feitas por Lula a Nicolás Maduro durante sua visita ao Brasil. Naquela mesma semana, deputados e senadores aliados de Jair Bolsonaro chegaram a realizar uma reunião virtual com o venezuelano. Bolsonaro, não custa lembrar, foi um dos poucos chefes de Estado que reconheceram o “governo” Guaidó no início de 2019. Na ocasião, ele se autodeclarou presidente da Venezuela.
Crime organizado
Garimpeiros viram um problema bilateral para Brasil e Venezuela
2/06/2023Enquanto Lula e Nicolás Maduro trocam afagos, os ministros da Justiça, Flavio Dino, e da Defesa, José Múcio, negociam com a Venezuela uma operação conjunta das forças policiais e militares dos dois países contra os garimpeiros ilegais. As ações da Polícia Federal no território Yanomami têm levado uma onda de fugitivos para o país vizinho. Segundo investigações das áreas de Inteligência do Exército e da Polícia Federal, nos últimos 30 dias mais de 400 garimpeiros procurados pelas autoridades brasileiras atravessaram a fronteira e se instalaram nos estados venezuelanos de Bolívar e Amazonas. Muitos deles conseguiram escapar carregando máquinas e equipamentos de garimpo, além de armamentos e munição. Ainda segundo as investigações os garimpeiros estariam recrutando nativos tanto no Brasil quanto na Venezuela como “seguranças”, com a missão de vigiar a selva.
Destaque
Maduro desponta como o “fiador” da entrada do Brasil na Opep
31/05/2023Há pelo menos duas versões para as loas de Lula a Nicolás Maduro, que excederam qualquer expectativa de exagero na recepção – Maduro teve honrarias de um grande chefe de Estado. A primeira das versões, um tanto quanto simplória, interpreta a apoteose de saudação a Maduro em terras brasileiras como mais um ato de pragmatismo. Lula pretendeu dar um sinal amigável as suas bases de apoio mais à esquerda. Por essa ótica, comprada por quase todas as mídias, os festejos para o presidente venezuelano foram planejados para afagar a bolha dos petistas e aliados mais ideológicos. A segunda versão é mais ambiciosa. Ela segue em linha com o projeto de Lula de levar o Brasil a um patamar de protagonismo na discussão e decisões da geopolítica. O presidente da Venezuela é visto no Palácio do Planalto como um aliado fundamental para o projeto acalentado pelo petista e seus principais assessores da área internacional, notadamente Celso Amorim: a entrada do Brasil na Opep. Maduro funcionaria como uma espécie de embaixador do pleito brasileiro junto aos demais integrantes das Organização dos Países Exportadores de Petróleo – da qual os venezuelanos são membros fundadores. Guardadas as devidas proporções, o presidente da Venezuela estaria para a causa como Donald Trump esteve, em certo momento, para as tratativas em torno do ingresso do Brasil na OCDE.
Os números credenciam o Brasil a entrar na Opep. Na média, o país produz atualmente algo em torno de 3,2 milhões de barris de petróleo por dia. Esse volume seria suficiente para colocar o Brasil em quarto no ranking dos países membros da Organização, atrás apenas da Arábia Saudita, Iraque e Irã. Olhando-se para as reservas comprovadas, o poder de fogo brasileiro seria menor se comparado aos integrantes da entidade. Atualmente, o país tem cerca de 15 bilhões de barris, o que lhe daria apenas o décimo lugar no rol da Opep – por sinal, quem lidera nesse quesito é exatamente a Venezuela, com aproximadamente 300 bilhões de barris. Ressalte-se, no entanto, que o Brasil pode, em breve, dar um salto com a Margem Equatorial – o que, de certa forma, explica a disposição de Lula de levar adiante os projetos da Petrobras nessa nova fronteira petrolífera, não obstante os óbices de ordem ambiental. Estudos mais recentes, como o do Centro de Infraestrutura (CBIE), indicam uma estimativa em torno de 30 bilhões de barris em reservas estimadas na região.
O governo Bolsonaro, não custa lembrar, chegou a ensaiar articulações internacionais para o ingresso do Brasil na Opep. Na viagem que fez à Arábia Saudita, em 2021, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tratou do assunto com as autoridades locais. Como quase tudo na política externa da gestão Bolsonaro, a pauta não saiu do lugar.
Internacional
Maduro é o ponto de interrogação no renascimento da Unasul
8/05/2023A reunião de cúpula da Unasul, programada para o dia 30 de maio, em Brasília, tem causado certa tensão no Itamaraty. Até o momento, de acordo com informações filtradas do Ministério das Relações Exteriores, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não confirmou sua presença. Segundo o RR apurou, por ora, o governo de Caracas sequer sinalizou o envio de uma delegação para cuidar dos preparativos da visita e do esquema de segurança, praxe em viagens de chefe de Estado. No Itamaraty, há dúvidas se o silêncio venezuelano é uma má ou uma boa notícia. Os governos do Paraguai e do Equador já teriam sinalizado alguma resistência à participação de Maduro na reunião. O encontro é um evento relevante para a política externa do governo Lula, que praticamente ressuscitou a Unasul com o retorno do Brasil ao bloco. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro retirou o país do organismo multilateral.
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Aftosa é mais uma sarna entre Brasil e Venezuela
21/12/2018Logo na partida, a gestão Bolsonaro terá de administrar uma questão bastante delicada com a Venezuela – uma das nações já previamente satanizadas pela sua política externa. O caos econômico e político no país vizinho tem impedido o governo de Nicolás Maduro de retirar do lado de cá da fronteira cerca de 18 milhões de doses de vacina contra a febre aftosa disponibilizadas pelo governo brasileiro. De forma emergencial, o Ministério da Agricultura já havia doado anteriormente dois milhões de vacinas, uma ação emergencial que está longe de resolver o problema como um todo e equacionar a ameaça de contaminação do gado brasileiro.
Consultado pelo RR, o diretor de saúde animal do Ministério, Guilherme Marques, confirmou que “o Brasil aguarda as autoridades brasileiras virem ao país buscarem o restante das doses”. Sem a retirada das vacinas brasileiras o mais brevemente possível, o temor da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é que os focos de febre aftosa se alastrem pelos países vizinhos. A Venezuela é hoje a única nação da América Latina que não erradicou a doença, segundo a OIE. As autoridades brasileiras têm tratado a questão como de prioridade máxima. O governo considera o “problema da Venezuela” um “problema do Brasil”, devido ao risco de contaminação do rebanho nacional.
O contrabando de bovinos, algo comum na região, e o próprio fluxo de refugiados venezuelanos – muitos costumam trazer animais – aumentam a ameaça de entrada de gado contaminado no país. A principal área de risco mapeada pelo Ministério da Agricultura é a fronteira seca da Região Norte, nas proximidades da cidade de Pacaraima, em Roraima. A Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa),vinculada ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa que (Panaftosa), montou um programa de vacinação do gado venezuelano. Chegou, inclusive, a propor a criação de um fundo público-privado, com pequenas doações de pecuaristas locais, para financiar futuras campanhas de imunização.
Até o momento, no entanto, segundo informações filtradas junto à própria Cosalfa, o governo Maduro não fez qualquer movimento para a criação do fundo. Apenas anunciou a abertura de uma conta bancária para doações. Em tese, bastaria ao governo Maduro enviar um cargueiro da Força Aérea venezuelana para a retirada das vacinas que estão sob a guarda do Ministério da Agricultura. Consta, no entanto, que o país não dispõe de instalações adequadas para garantir o estado de conservação das vacinas. Trata-se de um problema que avançará sobre boa parte do governo Bolsonaro. Mesmo com a doação dos medicamentos pelo Brasil e eventualmente outros países, o plano de erradicação da doença na Venezuela proposto pela OIE levará três anos, com campanhas de vacinação anual até 2021.