Plano da Cultura enfrenta resistências

  • 16/01/2019
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Amanhã, um grupo de aproximadamente 20 credores da Livraria Cultura vai se reunir para analisar o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia. Segundo o RR apurou, duas grandes editoras já se mostraram contrárias aos termos da proposta. O executivo de uma destas empresas chega a classificar o plano como uma “chantagem” contra os credores. O motivo é o escalonamento sugerido pela Cultura. Na proposta feita pela empresa, o pagamento das dívidas com menor deságio (de zero a 25%) ficaria restrito aos fornecedores que mantiverem a entrega de produtos para a livraria. Estes credores seriam os “incentivadores”, os parceiros do soerguimento da rede. Por sua vez, as editoras que se negarem a fornecer mercadorias para a Cultura receberiam, no máximo, 30% do valor de face da dívida. Para os credores que desde já rechaçam a proposta, este modelo teria como objetivo escancarado constranger as editoras, forçando-as a refinanciar a rede de livrarias para receber uma parcela maior de seus créditos. Apesar da resistência de grandes fornecedores, a Cultura joga suas fichas na estiagem alheia: a aposta é que o plano será aprovado pela maioria dos credores, editoras que também estão com a corda no pescoço e precisam receber o quanto antes. Os próximos capítulos começarão a ser escritos a partir de amanhã.

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