O novo princípio ativo da governança na Cimed

  • 21/09/2022
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A nomeação do ex-McKinsey Nicola Calicchio como chairman da Cimed vai desencadear novas mudanças no management do laboratório farmacêutico. Segundo fonte próxima à empresa, a mais aguda delas seria a saída do próprio empresário João Adibe Marques, controlador da companhia, do cargo de CEO. Outro movimento em pauta é a ampliação do número de cadeiras no board, com o propósito de abrigar um número maior de conselheiros independentes.

Hoje, a família Marques ocupa quatro das sete cadeiras, além de uma série de cargos na gestão executiva. Consultada, a Cimed limitou-se a confirmar a nomeação de Calicchio. Perguntada especificamente sobre futuras mudanças, não se manifestou. O recuo de João Adibe Marques, tido no setor como uma figura centralizadora, é puro pragmatismo.

O gradual afastamento do empresário e de outros membros da família da administração executiva teria como objetivo o IPO da Cimed – no mercado, já se fala, inclusive, que o Morgan Stanley é forte candidato a conduzir a operação. A falta de um modelo de governança é um calcanhar de Aquiles para a abertura de capital, uma barreira capaz de se contrapor aos ótimos números da companhia. Entre janeiro e junho deste ano, por exemplo, a Cimed teve uma receita de R$ 1,2 bilhão, 22% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Em 2021, o Ebitda cresceu 30%, batendo nos R$ 400 milhões.

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