Cerveja contaminada vira o “crime” do momento para Sergio Moro

  • 22/01/2020
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O ministro Sergio Moro passou a tratar o caso da cerveja Belorizontina como uma questão de Estado. Nos últimos dias, determinou a seus auxiliares a intensificação das investigações sobre a bebida – suspeita de ter causado, até o momento, quatro mortes em Minas Gerais. Técnicos da Pasta são aguardados em Belo Horizonte ainda nesta semana. Além da Polícia Civil de Minas, a Polícia Federal também realizará uma perícia em amostras da cerveja. Donos da cervejaria Baker deverão ser ouvidos pela PF nos próximos dias. Este trabalho será concentrado na Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério. O secretário Luciano Timm deverá convocar a Comissão de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (Cepac). Será o primeiro grande caso do órgão criado em agosto do ano passado por Moro. Uma das atribuições da Comissão é investigar e impedir a comercialização de produtos considerados nocivos à saúde do consumidor. Além da gravidade do assunto per si e da urgência de se identificar as causas da contaminação da cerveja, é provável que Sergio Moro olhe para o problema também com outras lentes. Cada vez mais um animal guiado pelo instinto político, Moro enxerga no episódio o risco potencial de se tornar um caso de “calamidade pública”, respingando na reputação das autoridades de uma maneira geral. Além das vítimas fatais, há ainda 17 pessoas sob suspeita de intoxicação, fora os casos, eventualmente, ainda não relatados aos órgãos de saúde.

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