Acervo RR

Paquetá reduz seu número no Brasil

  • 11/04/2012
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A Paquetá não é nenhuma Vulcabras, que já mandou para a rua mais de oito mil trabalhadores. Mas também tem dado sua cota de contribuição para o aumento das taxas de desemprego na indústria calçadista nacional. Após demitir 500 empregados no ano passado, a empresa gaúcha prepara uma reestruturação que deixa a porta aberta para mais dispensas. A principal medida em estudo é a transferência de parte da produção no Brasil para a fábrica da República Dominicana. Segundo informações filtradas junto a  própria Paquetá, os maiores cortes devem ocorrer na planta industrial de Teutônia (RS), que estaria operando com um índice de rentabilidade bem abaixo da meta. De acordo com a mesma fonte, a empresa estuda até mesmo o fechamento definitivo da fábrica, caso os cortes de produção não resultem na melhoria dos indicadores operacionais e financeiros. Consultada pelo RR, a Paquetá não se pronunciou até o fechamento desta edição. Guardadas as devidas proporções, a semelhança com a Vulcabrás não se limita aos cortes de pessoal. A exemplo de sua concorrente, a Paquetá está enfrentando, de véspera, o desgaste político decorrente da iminente redução da produção. Tarso Genro tem pressionado a empresa a manter a fábrica de Teutônia em operação. O governador mira o futuro do futuro. Seu receio é que a Paquetá estenda o enxugamento para suas outras duas fábricas no estado. A tentação é grande. Além da República Dominicana, a empresa tem um complexo industrial na Argentina, onde os custos operacionais também vêm se mostrando inferiores. É mais uma chinelada do mau e velho Custo Brasil.

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