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Polo Capital se hospeda no Hotel do Frade antes do Fasano

  • 9/11/2011
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Os empresários Claudio Andrade e Marcos Duarte, principais sócios da Polo Capital, gestora carioca com patrimônio de R$ 2,5 bilhões, nem bem assimilaram a compra da Casa & Vídeo e já assinaram outro contrato de aquisição. A dupla arrematou o Hotel do Frade, um dos maiores resorts do país, localizado em Angra dos Reis, e que estaria sem capital suficiente para fazer as reformas e ampliações necessárias. O valor da transação, entre aporte, assunção de dívida e pagamento pelo ativo, está na faixa de R$ 150 milhões. A dupla enxerga o negócio por outro viés. Ao invés de resort, será instalado no local um condomínio residencial, que ficará pronto em dois anos. Todos os funcionários estão sendo demitidos e o hotel não recebe mais hóspedes. O condomínio será usado pela Polo Capital como vitrine para novos investimentos no setor imobiliário tanto no interior do Rio de Janeiro quanto no de São Paulo. A previsão é de aportar no segmento em torno de R$ 500 milhões até 2013. O ritmo de crescimento e o perfil do portfólio de participações têm transformado a gestora em uma espécie de GP Investimentos pocket, com oito carteiras e participações em 80 companhias de diversos setores, incluindo dívida, securitização, empréstimos, mercado imobiliário, entre outros. Nos planos da gestora, está prevista a ampliação da carteira para 100 empresas em dois anos, com patrimônio próximo da casa de R$ 4,5 bilhões. A compra do Hotel do Frade tem um duplo sabor de vitória para Claudio Andrade e Marcos Duarte. Além de ampliar a carteira de imóveis, a Polo Capital derrotou na disputa o grupo Fasano, que tentou até o último momento fechar o negócio para transformá-lo em um resort de luxo, nos moldes da Fazenda Porto Feliz, em São Paulo, o primeiro hotel de campo do grupo Fasano. Ainda não será dessa vez que Rogério Fasano vai fincar sua bandeira premium no interior do Rio de Janeiro. E se depender de Claudio Andrade e Marcos Duarte, não conseguirá tão cedo. A Polo Capital pretende ocupar esse nicho de mercado antes do Fasano. A ideia é ter a primazia nas negociações com investidores estrangeiros interessados em negócios de hotelaria de luxo no Rio de Janeiro, no rastro dos eventos esportivos que o estado sediará até 2016.

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