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Kirin e Suntory desaguam no Brasil

  • 27/12/2010
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Kirin e Suntory, os dois maiores fabricantes de bebidas do Japão, vão estender para o Brasil o duelo que costumam travar em sua terra natal. Coincidência ou não, os dois grupos estudam simultaneamente seu desembarque no mercado brasileiro. Em comum, a estratégia de buscar países emergentes, com população elevada e taxas crescentes de consumo de bebida, como forma de compensar a saturação do mercado asiático. A Suntory se encontra em um estágio mais avançado. Executivos da empresa virão ao país em janeiro com a missão de preparar o terreno para a chegada da tropa. A porta de entrada deverá ser o mercado de água mineral, mais pulverizado e, por esta razão, com maiores possibilidades de aquisição. A Suntory pretende comprar fontes ou engarrafadoras de pequeno porte, de atuação regional, que serviriam como trampolim para a montagem de uma rede de distribuição. Seus passos no Brasil deverão ser acompanhados pela Pátria Investimentos. A relação vem de fora. No ano passado, o Blackstone Group, sócio do Pátria, vendeu a fabricante de refrigerantes Orangina para a Suntory. A Kirin, por sua vez, ainda está montando sua estratégia para entrar no Brasil. Deverá também usar o segmento de água mineral como uma espécie de investimento-degustação do mercado brasileiro, e depois, então, partir para a produção de outras bebidas de isotônicos a cerveja. Difícil imaginar que o grupo desembarque em um país com mais de 180 milhões de pessoas para ficar circunscrito a  venda de garrafinhas de água. O mesmo vale para a Suntory. O porte das duas empresas sugere uma operação mais vitaminada no Brasil. A Kirin fatura por ano mais de US$ 23 bilhões. Já a Suntory deverá fechar este ano com quase US$ 20 bilhões de receita.

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