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BNDES usa Copa do Mundo para fortalecer hotelaria nacional

  • 27/12/2010
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O BNDES enxergou uma dupla serventia no novo pacote de financiamento para o setor holeteleiro, motivado pela Copa de 2014 e pelas Olimpíadas de 2016. Além do aumento da rede, o banco vai usar a operação como uma forma de fortalecer o capital nacional e evitar uma farta temporada de venda de hotéis para grupos estrangeiros, o que tem ocorrido em ritmo acelerado nos últimos três anos. O BNDES usa como régua um levantamento recente do Ministério do Turismo. A previsão mais otimista é que em até dois anos as redes nacionais por rede entenda-se grupos com atuação em pelo menos dez cidades tenham um market share em torno de 15%. No mesmo período, as redes estrangeiras deverão chegar a  marca de 30%. O restante do mercado está nas mãos de hotéis isolados, que não configuram uma rede e são administrados por seus próprios proprietários. O impacto das redes hoteleiras no faturamento geral do setor é expressivo, pois representam mais de 40%. Além disso, são justamente os hotéis em cadeia que estão localizados nas capitais e nas maiores cidades do país que receberão os jogos da Copa do Mundo e estão na alça de mira dos grupos internacionais. Por esta razão, o BNDES vai reforçar a munição. Além da linha de crédito que estará a  disposição das empresas hoteleiras em 2011, a BNDESPar deverá entrar em campo, comprando participações no capital de redes nacionais. O objetivo é capitalizá-las e facilitar a obtenção de crédito bancário para ampliações e reformas. O banco está preparando um mapeamento completo da situação financeira das principais redes do país, que servirá de referência para a estratégia de preservação da participação do capital nacional em, pelo menos, 60% do setor.

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