Red Lobster anda de lado no Brasil

  • 14/11/2014
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Na natureza, quem anda de lado é o caranguejo. Mas, na extensa fauna do setor de fast food no Brasil, o movimento cabe a outro crustáceo: as lagostas do fundo norte-americano Advent. A recente abertura do Red Lobster da Faria Lima, em São Paulo, evidenciou o quanto os planos do private equity têm caminhado nas mais diversas direções, menos para frente. Responsável por trazer a famosa rede de restaurantes para o Brasil, a International Meal Company (IMC), braço do Advent para o varejo de alimentos, pretendia fechar o ano com cinco lojas no país. Até o momento, abriu apenas duas. Por conta de atrasos nas obras, a terceira unidade, no terminal de embarque do Aeroporto de Brasília, só deverá ser inaugurada no ano que vem. Os tropeços no cronograma estariam relacionados a um problema ainda maior, que põe em risco a própria operação da Red Lobster no Brasil. Em maio deste ano, o controle da rede de restaurantes foi vendido ao fundo Golden Gate Capital. O private equity tem questionado as condições do contrato de representação da marca no Brasil, fechado entre o Advent e o antigo proprietário da empresa, o Darden Restaurants. Os desentendimentos envolvem o modelo de partilha dos investimentos e as próprias metas de abertura de lojas, não apenas no Brasil, mas nos demais países contemplados no acordo: Colômbia, Panamá e República Dominicana.

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