Advent reserva mais proteína financeira para o Brasil

  • 6/10/2014
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Os gestores do fundo Advent olham para o Brasil e enxergam um prato bem fundo, com investimentos até a borda. A International Meal Company (IMC), braço do private equity para o setor de alimentação, está tirando do forno um novo plano de expansão para os seus dois principais negócios no país: as redes de restaurante Viena e Frango Assado. O cardápio prevê a abertura de 100 lojas em dois anos. Os melhores temperos estão reservados para o Viena. Além do aumento no número de restaurantes no Brasil, de 70 para aproximadamente 120, os norte-americanos pretendem fincar a bandeira da empresa nos Estados Unidos, Porto Rico, México e Panamá. As primeiras lojas no exterior deverão ser abertas em 2015. Isso significa que o Viena, comprado pela IMC em 2007, vai entrar para o seleto rol de marcas internacionais do grupo. Fará companhia, notadamente, a redes que nasceram nos Estados Unidos, como Red Lobster e Olive Garden. Curioso o paradoxo que se impõe a  IMC: os norteamericanos vão levar o Viena para o exterior ao mesmo tempo em que se empenham para “nacionalizar” a marca. Hoje, parte expressiva dos 70 estabelecimentos está concentrada no Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro. Nos novos restaurantes, a maioria das mesas está reservada para outras regiões. Já na primeira leva, os norte-americanos pretendem desembarcar na Bahia, Pernambuco, Ceará e Santa Catarina. Em seus primeiros anos no Brasil, a IMC concentrou seus investimentos em aquisições. A não ser que apareça uma iguaria irresistível, a partir de agora os norte-americanos pretendem crescer pelo greenfield. Mesmo porque os resultados recentes no Brasil recomendam garfadas mais comedidas. No primeiro semestre, o grupo teve prejuízo de R$ 7 milhões. Mesmo entre 2012 e 2013, quando fechou no azul, o resultado médio de R$ 10 milhões por ano ficou bem abaixo das metas fixadas pelos norte-americanos.

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