Venda do Fleury tem nova reviravolta

  • 14/08/2014
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 Até mesmo os mais assíduos e fiéis telespectadores já perderam a conta do número de capítulos exibidos na novela de venda do Fleury para o Gávea Investimentos. As próximas cenas deste folhetim corporativo prometem uma nova e – quem sabe? – decisiva reviravolta. A empresária aurea Pardini, acionista do laboratório mineiro Hermes Pardini e principal foco de resistência ao acordo, recuou. Segundo uma fonte envolvida na operação, no último fim de semana aurea voltou a  mesa de negociações. Ela se reuniu com os irmãos e sócios Victor e Regina Pardini e se mostrou disposta a aceitar a cifra de R$ 2 bilhões apresentada pelo Gávea para efeito de avaliação do controle integral do Hermes Pardini. A definição deste valor é peça-chave para toda a operação de compra do Fleury, que se arrasta desde o ano passado. A engenharia montada pelo Gávea passa obrigatoriamente pela associação entre os dois laboratórios. Até prova em contrário, a gestora em recursos só fecha a compra do Fleury com a garantia da futura fusão com a rede mineira, da qual já tem 30%. O laudo de avaliação do Hermes Pardini servirá justamente como balizador da participação societária da família na nova empresa. Há cerca de 15 dias, aurea suspendeu as conversações com os irmãos e os representantes do Gávea, exigindo um aumento de 20% a 30% na precificação do Hermes Pardini. O Adi, fundo soberano de Abu Dhabi, e um private equity ligado ao Goldman Sachs, parceiros do Gávea na empreitada, negaram-se a ampliar o valor. E o que teria convencido a empresária de sangue quente a retomar as negociações? A explicação estaria em um acordo familiar. Segundo o RR apurou, Victor e Regina teriam aceitado abrir mão de uma parcela da sua participação na nova empresa a favor da irmã. É o preço que a dupla se dispõe a pagar para salvar a fusão entre o Hermes Pardini e o Fleury. Os dois irmãos nunca esconderam que preferem ser minoritários de uma rede com faturamento de R$ 2,8 bilhões por ano e quase 250 pontos de atendimento em oito estados do que mandar e desmandar numa companhia restrita a s fronteiras de Minas Gerais.

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