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Acervo RR
A San Antonio parece fadada ao papel de ovelha negra no robusto rebanho de Fersen Lambranho, Antonio Bonchristiano e Cia. Em meio a complexa renegociação do passivo da empresa de perfuração de poços de petróleo, em torno dos US$ 800 milhões, a GP Investimentos enfrenta turbulências societárias. Dona de 22% do capital, a norte-americana Amber Capital está disposta a abandonar o barco, mesmo que seja obrigada a se desfazer de suas ações na bacia das almas. A saída da San Antonio faz parte do processo de desmobilização de ativos do private equity, com foco na América Latina. Afetada pela crise mundial, entre outros negócios a Amber se desfez da sua participação na Invest Tur, que acabou vendida para a LA Hotels, controlada pela própria GP. Ainda no Brasil, o fundo prepara-se para deixar a sucroalcooleira Brenco. O risco é que a eventual saída da Amber não apenas tenha um impacto negativo junto aos credores da San Antonio, entre eles o Citibank, como abra a porteira para a despedida de outro importante sócio: o Temasek, fundo soberano de Cingapura. Detentora de aproximadamente 15% da companhia, a instituição tem feito uma intensa realocação de seus investimentos mundiais. O movimento também é decorrência da crise mundial, que deixou marcas profundas nas finanças do Temasek. Estima-se que o fundo tenha perdido cerca de US$ 4 bilhões com a venda de suas participações no Bank of America e Barclays. Em tempo: desde que a GP comprou a San Antonio, o valor da sua participação já caiu de R$ 750 milhões para menos de R$ 400 milhões.
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