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Como se não bastassem os graves problemas do Santander Brasil – a começar pela queda da rentabilidade, o desenfreado aumento da inadimplência e o crônico estado de letargia vis-a -vis a concorrência -, o novo presidente do banco, Jesús Maria Zabalza Lotina, já chega ao cargo com a missão de debelar um incêndio na área jurídica. A instituição está a s voltas com um bilionário imbróglio no segmento de crédito, que envolve ainda o BTG Pactual. Há cerca de três anos, o Santander repassou cerca de R$ 6 bilhões em empréstimos duvidosos para um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (Fidc) administrado pelo BTG. Ato contínuo, o banco de André Esteves recrutou a empresa de recuperação de crédito Recovery do Brasil para bater a porta dos inadimplentes e fazer a devida caça dos recursos não quitados. Aí que mora o problema. Ao que parece, os métodos utilizados pela companhia passariam longe das normas de etiqueta minimamente exigidas para este trabalho. Antigos clientes do Santander alegam que vêm sendo submetidos a diversos constrangimentos pelos representantes da Recovery. As reclamações vão da forma, estilo e recorrência da abordagem a indevida inclusão em cadastros de serviço de proteção ao crédito. Resultado: o Santander estaria enfrentando uma enxurrada de ações judiciais. Os devedores jogam nas costas do banco, concedente original dos empréstimos, a corresponsabilidade pelo tratamento supostamente pouco cortês da Recovery. Ou seja: um rastilho de pólvora que o Santander imaginava ter soprado para bem longe voltou a passar por debaixo de sua porta. O contencioso tem tudo para ganhar proporções ainda maiores, com a entrada em cena de novos atores. A Associação Comercial de São Paulo e outras entidades do estado estariam dispostas a entrar com ações conjuntas contra Santander, Recovery e o próprio BTG, com o intuito de defender os interesses de seus associados, pessoas jurídicas que fazem parte do rol de devedores. O Santander deverá devolver a bola para o outro lado da rede. O banco estuda acionar o BTG e a Recovery. Neste caso, os espanhóis evocariam o próprio contrato de transferência dos créditos. O documento contém cláusulas rigorosas no que diz respeito aos procedimentos usados no trabalho de recuperação dos empréstimos e a eventuais consequências jurídicas decorrentes deste processo. O Santander teria, inclusive, direito a uma indenização em caso de abalo a sua reputação. Com a palavra, a Justiça. Procurados, o Santander e a Recovery não retornaram. Já o BTG informou que “não comenta especulações de mercado”.
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