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Acervo RR
Depois de um passado recente marcado por disputas familiares e cicatrizes que custaram a fechar, os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida estão dispostos a virar a página e olhar para o futuro. O plano é ousado: duplicar o faturamento – hoje em torno de R$ 1,5 bilhão – e transformar a CR Almeida em uma das maiores empreiteiras e concessionárias públicas do país. O projeto de expansão passa pela criação de novas unidades de negócio compra de participações e abertura do capital. A primeira subsidiária a sair do forno deverá ser a CR Almeida a“leo e Gás, que representará a estreia do grupo no setor. A intenção é comprar participações minoritárias em blocos de exploração e produção, de olho, sobretudo, no pré-sal. A família pretende ainda montar a CR Almeida Participações, subholding na qual serão pendurados ativos nas áreas de concessão pública e projetos de infraestrutura. No alvo, segmentos como energia elétrica e saneamento. A exceção será a área de transportes, que permanecerá sob o guarda- chuva da EcoRodovias, uma associação com a italiana Impregilo . A própria EcoRodovias será um peça importante no processo de expansão da CR Almeida. O projeto prevê a duplicação do número de concessões nos próximos dois anos – hoje são cinco estradas sob administração da empresa. A meta é passar de 1.450 quilômetros para mais de 2,5 mil quilômetros. Todos estes planos são um indicativo de que a família acertou os ponteiros. A apara das inúmeras arestas consanga¼íneas que surgiram após o falecimento de Cecílio do Rego Almeida, em março de 2008, tem sido conduzida diretamente pela primeira esposa do empresário, Rosa Maria Beltrão Rischbieter, dona de 30% da holding. Mais conhecida como Rosita, cabe a ela administrar uma teia de interesses familiares que se divide entre seis filhos – entre eles, o exdeputado federal Marcelo Almeida – e mais de 20 netos. Outro personagem importante no processo de apaziguamento entre os herdeiros é Marco Antonio Cassou. Casado com Denise, a única filha de Cecílio, Cassou é atual presidente do Conselho de Administração da CR Almeida e da EcoRodovias. A trégua na família Almeida é uma condição sine qua non para o próximo passo idealizado pelos atuais acionistas do grupo: o IPO da CR Almeida. As conversas entre os controladores passam pela oferta de até 30% das ações ordinárias. O horizonte para o IPO é 2012, quando parte do trabalho de fortalecimento da companhia já deverá estar consumado.
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