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Standard Bank é um ponto de interrogação no Brasil

  • 15/04/2011
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Qual será o futuro do Standard Bank no Brasil? A pergunta é motivo de angústia entre os principais dirigentes do banco sul-africano no país, a começar pelo próprio presidente, Fernando Negri. Dentro da subsidiária, é crescente o temor quanto ao porvir das operações no mercado brasileiro. Informações filtradas junto ao próprio Standard indicam que o grupo estaria até mesmo reavaliando sua permanência no país. UBS e BTG Pactual já teriam, inclusive, manifestado interesse em adquirir as operações da instituição no Brasil, cujo foco é o setor de fusões e aquisições. Procurado pelo RR – Negócios & Finanças, o Standard Bank negou sua saída do Brasil. Os dúbios sinais que chegam da matriz alimentam a inquietação e as especulações dentro do escritório do próprio Standard em São Paulo. Ora, os sulafricanos falam em novos aportes e expansão da operação; ora, não se percebe o mesmo entusiasmo que levou a matriz a aumentar seus investimentos no Brasil nos últimos dois anos. O Standard teria freado novas contratações no país. Recentemente, desmontou toda a operação de private equity no Brasil. A rigor, a decisão se deveu a  resolução do Banco Central da africa do Sul, que proibiu as instituições financeiras locais de comprar participações em companhias. No entanto, o Standard já havia, por conta própria, reduzido o ritmo de operações na área de private equity. Dos US$ 250 milhões reservados para a compra de ativos no Brasil, apenas US$ 40 milhões chegaram a ser utilizados, na compra da Casa do Pão de Queijo. Os sulafricanos estariam dispostos, inclusive, a se desfazer do controle da empresa ? um dos interessados é a IMC, braço do fundo norteamericano Advent para o setor de gastronomia (Negócios & Finanças nº 4.099). A eventual desaceleração do Standard Bank no Brasil seria uma das razões para a recente debandada dos principais executivos do banco. Em agosto do ano passado, Fabio Solferini deixou a presidência da subsidiária brasileira para se associar a  FCS Stone, empresa controlada pela International Assets Holding Corporation, que presta consultoria nas áreas de commodities, moedas e títulos. Foi uma deserção emblemática. Solferini foi um dos principais responsáveis pela montagem de toda a operação do Standard no país. Em outubro foi a vez de Eduardo Centola deixar a presidência do banco nas Américas seduzido por uma oferta do UBS. Na época, fez um arrastão. Levou consigo cinco pessoas da área de fusões e aquisições, o coração do Standard Bank no Brasil, incluindo a executiva Cristina Bueno. Ela foi responsável por assessorar a venda da Plena Transmissora para a chinesa State Grid, no valor de R$ 3 bilhões, uma das maiores operações coordenadas pelo banco sulafricano no Brasil.

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