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O Pátria Investimentos pretende montar um arco expressivo de participações em empresas de energia renovável. Há informações no setor de que a gestora de recursos estaria em tratativas avançadas com o fundo norte-americano Castlelake para a compra do controle da Ibitu Energia. A empresa é avaliada em aproximadamente US$ 500 milhões. A aquisição representaria um salto expressivo para a Essentia, braço do Pátria para investimentos em transição energética.
A companhia adicionaria ao seu portfólio usinas eólicas e hidrelétricas em Minas Gerais, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Santa Catarina com mais de 800 MW de capacidade instalada, além de projetos no pipeline da ordem de 1,2 GW. Trata-se de uma descarga de energia que permitirá à Essentia mais do que dobrar de tamanho – hoje, sua carteira é de 1,7 GW, somando-se geradoras já em operação e investimentos em curso. Procurados, Pátria Investimentos e Castlelake não se pronunciaram.
No setor, corre também à boca miúda que a Essentia está grudada, feito ímã, em grandes grupos de geração renovável. Nesse campo magnético figuram, por exemplo, a Casa dos Ventos e a Eneva. As conversas passam pela aquisição pontual de ativos e também pela possibilidade de investimentos conjuntos. Tudo tratado com a costumeira eletricidade com que o Pátria costuma conduzir negociações e investimentos.
No fim do ano passado, por meio da Essentia, a gestora de Alexandre Saigh adquiriu o controle de quatro parques eólicos até então pertencentes à Contour Global: Asa Branca, no Rio Grande do Norte, e Chapada I, II e III, no Piauí. No caso dos complexos Chapada I e II, a empresa comprou ainda a participação de 49% da Eletrobras. Por conta dessas incorporações, a companhia vai superar, neste ano, a marca de R$ 1 bilhão em venda de energia. E vem mais por aí. Em fevereiro, o Pátria lançou um fundo para investimentos em transição energética da ordem de R$ 5 bilhões, com parte dos recursos captada junto ao BNDES, CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e IFC (International Finance Corporation), do Banco Mundial.
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