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O acordo entre o BRB e o Flamengo anunciado nesta semana seria apenas o primeiro tempo da partida. O presidente do banco estatal de Brasília, Paulo Henrique Bezerra Costa, já manifestou a Rodolfo Landim o interesse de fechar o naming & rights do estádio que o clube carioca pretende construir. Na verdade, Costa dubla o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. A longeva e bem remunerada parceria entre o BRB e o Flamengo está mais para um projeto político de Rocha do que exatamente para uma estratégia de marketing delineada pelo banco. O próprio contrato divulgado há três dias chama a atenção por termos poucos usuais, notadamente em relação ao “banco” Nação BRB Fla, plataforma de venda de produtos financeiros voltada à torcida rubro-negra. A vigência do acordo é de 20 anos. Ou seja: pelos próximos quatro governos do DF, o banco estatal estará amarrado ao clube carioca. O Flamengo receberá ainda 45% dos lucros. E se der o negócio der prejuízo? Para o clube, tanto faz. 100% das perdas desaguarão no balanço do BRB. E perdas é o que a parceria mais tem produzido. No ano passado, o Nação BRB Fla chegou a acumular uma inadimplência de quase R$ 450 milhões, ou 25% da carteira de crédito. Nessa, o Acordo de Basiléia foi chutado para escanteio. Bem, imagina-se que o contrato tenha sido visto, revisto e re-revisto pelo compliance do BRB.
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