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Agronegócio
O agronegócio brasileiro fez um movimento pontual, mas absolutamente estratégico. Segundo informação publicada há pouco pelo veículo indiano The Economic Times (https://economictimes.indiatimes.com/industry/cons-products/food/indias-sea-sign-mou-with-brazils-abiove-for-soyabean-oil-imports/articleshow/105014585.cms), a Solvent Extractor’s Association of India (SEA) assinou um memorando de entendimento com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) para a importação do óleo de soja. A SEA é a principal entidade representativa do segmento de óleos vegetais da Índia, respondendo por mais de 800 empresas locais. O país asiático é o maior comprador de óleos comestíveis do mundo – 15 milhões de toneladas por ano. Em 2022, o Brasil exportou 1,4 milhão de toneladas do óleo para a Índia, número que deverá ser suplantado neste ano. Até setembro, as vendas somam a 1,2 milhão de toneladas.
Obs RR: O acordo com os indianos é um importante movimento defensivo da agroindústria brasileira. O objetivo é proteger seu mercado, que começa a ser ameaçado por outros grandes produtores globais. Players como Malásia, Indonésia e Tailândia têm comercializado volumes cada vez maiores de óleo de palma na Índia, o que, no médio prazo, pode afetar significativamente as vendas de óleo de soja do Brasil. Trata-se de uma disputa razoavelmente acirrada. Os produtores da Malásia e da Indonésia costumam adotar uma política agressiva de descontos, quase um dumping, para ganhar mercado na Índia. Para não falar dos custos logísticos mais competitivos, em razão das menores distâncias.
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