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Paulo Leme não é um ressentido. Mas, intramuros, jamais se conformou com os festejos ao gestor Armínio Fraga. Até porque a rentabilidade histórica dos recursos administrados pelo Gávea vis-à-vis a montanha de recursos recebida está longe de ser benchmarking do mercado. “Por que não eu? Por que não eu?” Não foram raras as vezes em que Leme flagrou-se pensando nos resultados que entregaria – e embolsaria – caso fosse dono do boteco e tivesse tamanhas cifras sob sua administração. No entanto, há similitudes marcantes entre os dois gestores, que compartilham uma avaliação da economia muito parecida. Em algumas questões, aliás, ambos parecem irmãos siameses: Leme está para o BC tal qual Armínio para a Fazenda: sai eleição, entra eleição, surge como ex-futuro presidente da autoridade monetária (noves fora que o segundo foi titular do BC). A correlação não se limita aos repetidos rasantes sobre cargos públicos. Assim como Armínio – no momento dedicado à missão de recomprar a participação do JP Morgan no Gávea –, Leme só tem olhos para esquentar as áreas de gestão de recursos e private equity da Goldman Sachs no Brasil. Presidente da operação brasileira há apenas nove meses, Leme sabe que esta é uma aposta dos norte-americanos, cuja performance esperada jamais foi alcançada. Um retorno parco, bem parecido com o dado por Armínio para o JP Morgan. A preferência do economista é por uma solução caseira, juntando forças com o Oppenheimer Funds. A gestora nova-iorquina é acionista do próprio Goldman Sachs e já tem uma operação de private equity bem mais estruturada no Brasil. Entre outras importantes participações, é sócia da Dasa e da incorporadora Cyrela Brazil Realty. A investida na área de gestão de recursos se dá num momento de guinada da Goldman Sachs no Brasil. Depois de sete anos seguidos de prejuízo, o banco voltou ao azul: fechou o balanço de 2014 com lucro de R$ 120 milhões. É por aí que Leme quer se diferenciar de Armínio.
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