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Michel Temer e Henrique Meirelles estão irmanados em um acordo pré-eleitoral. O RR confirmou com duas fontes muito próximas do presidente que Temer e Meirelles chegaram a um entendimento em torno da candidatura à Presidência da República. A conversa se deu em encontro no último dia 24 de fevereiro, um sábado, no Palácio do Jaburu. O roteiro acordado se desdobra em dois momentos.
O primeiro deles em abril, quando o ministro da Fazenda deverá deixar o cargo para se lançar como pré-candidato à Presidência, não pelo PSD, ao qual ainda é filiado, mas pelo próprio MDB. A esta altura, no entanto, não terá qualquer manifestação de apoio da parte de Temer. O jogo continuará sendo jogado até maio, o tempo necessário para o presidente avaliar as suas chances. Se os seus índices de popularidade mostrarem uma reação – como todos no Palácio do Planalto esperam, no embalo da intervenção no Rio –, Temer será o candidato de si próprio.
Neste caso, automaticamente a candidatura Meirelles sairia de cena. Por outro lado, se a sua aceitação permanecer em níveis rasantes, prenunciando um fracasso eleitoral, o presidente é que abandonará o game, dando passagem para a campanha do seu atual ministro da Fazenda. Meirelles assumiria, então, a posição de candidato do governo. A convenção do MDB seria uma mera formalidade com o propósito de sancionar o nome já previamente erigido por Temer. Por essa lógica, Rodrigo Maia vira o Plano C do Planalto. Mantido o script, o candidato formal da situação virá do MDB. Muito em função do constrangimento causado pela suspensão da reforma da Previdência, Henrique Meirelles estava inclinado a abdicar da corrida eleitoral e permanecer na Fazenda até o fim do governo – ver RR de 21 de fevereiro.
No dia 22, despistou a galera, afirmando que sua etapa à frente da Pasta estava concluída. Esperava ouvir pedidos de permanência. Segundo uma das fontes do RR, Meirelles foi para a reunião com Michel Temer, no dia 24, disposto a dizer que abria mão de sua candidatura. O estímulo de Temer para que entrasse na disputa reabriu seu apetite. Meirelles terá ainda a prerrogativa de fazer seu sucessor na Fazenda, mantendo, assim, boa dose de influência sobre a condução da política econômica, um considerável handicap para um presidenciável.
Isso para não falar de outro de seus grandes atributos competitivos: se Temer é o dono da caneta mais carregada de tinta da República, Meirelles é o pré-candidato com maior volume de recursos próprios para financiar sua campanha. Seu patrimônio pessoal é estimado em mais de R$ 1 bilhão. O xeque-mate para o entendimento entre Michel Temer e Henrique Meirelles foi o condicionamento da candidatura, de um ou de outro, à performance nas pesquisas.
Por sinal, a confiança de Temer em relação a este quesito tem crescido seguidamente. Segundo o RR apurou, o presidente ficou especialmente entusiasmado com sondagem encomendada pelo ministro Moreira Franco que chegou recentemente as suas mãos. Em uma enquete sem o nome de Lula, Temer apareceu com 2%, à frente de nomes como João Amoedo, Manoela D ´Ávila, Paulo Rabello de Castro, Guilherme Boulos, Fernando Collor e do próprio Meirelles. Pode parecer pouco, mas trata-se de um salto de 100% sobre a base anterior, quando o presidente apareceu com algo em torno de 1%. A expectativa no Planalto é de um novo avanço até maio.
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