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Como se não bastassem os seguidos prejuízos e o estratosférico passivo, a BRF enfrenta problemas na sua grande aposta internacional, a Turquia. Um número crescente de produtores de frango tem se negado a fornecer para a Banvit, a maior produtora de aves local, adquirida em janeiro deste ano. O motivo é a resistência da companhia a reajustar os preços pagos pela matéria-prima – os avicultores pedem um aumento da ordem de 15%.
Outras empresas do setor já aceitaram reajustar os valores. Responsável pela aquisição de mais de 2o% da produção avícola local, a Banvit parece estar usando o seu peso para segurar os preços ou, ao menos, dar um aumento residual aos criadores. Até que o impasse seja equacionado, a empresa corre o risco de ter de reduzir a produção ou mesmo paralisar algumas atividades, de acordo com informes enviados à direção da BRF no Brasil.
A rigor, não é apenas pelos 15%. Consta que os produtores locais não digeriram bem a desnacionalização da grande compradora de matéria-prima do país e um dos símbolos da indústria de alimentos da Turquia. Há, inclusive, pressões dos avicultores para que autoridades locais interfiram na questão e cobrem da Banvit o aumento dos preços dos frangos. Procurada, a BRF não quis se pronunciar.
Do ponto de vista geoeconômico, a compra da Banvit foi um achado, fundamental na estratégia da BRF para o mercado halal – leia-se os países de religião muçulmana. Além da liderança em seu território, a empresa detém, em média, 45% das vendas de frango em nações como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Qatar e Omã. Ocorre que a Banvit carrega uma dívida crescente, que se misturou ao elevado endividamento da própria BRF, uma bola de neve que não para de crescer: de março para junho, a relação dívida líquida/ebitda saiu de 4,2 vezes para 4,9 vezes.
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