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A solidão societária do empresário João Carlos Paes Mendonça está com os dias contados. Ao menos no que depender dos private equities estacionados a porta do Grupo JCPM, holding que reúne seus investimentos em shopping centers e no setor imobiliário. Segundo fontes da própria empresa, dois fundos internacionais vêm mantendo conversações com o grupo: o Aberdeen Asset Management e o Aventicum Capital. O primeiro parece ter uma atração especial por negócios ligados a área de varejo no Brasil. De origem escocesa, o Aberdeen já tem participações relevantes no capital da Lojas Renner, nas administradoras de shoppings Multiplan e Iguatemi e na Arezzo, misto de fabricante de calçados e rede varejista. Curiosamente, todas estas são companhias de capital aberto, ao contrário do JCPM. O Aventicum Capital, por sua vez, tem um indiscutível pedigree: nasceu a partir de uma associação entre a área de gestão de recursos do Credit Suisse e o Qatar Holding, companhia de investimentos do país do Oriente Médio. O interesse é variado e de grandes proporções. Além da JCPM, a companhia tem conversado com a General Shopping, dona de mais de uma dezena de outlets no país. O Aventicum estuda inclusive trazer para São Paulo a sede de uma de suas unidades de investimentos, com foco em mercados emergentes. Questionado sobre a possibilidade de venda de parte do capital, o JCPM limitou-se a dizer que – o assunto não está na agenda do grupo -. Um fato parece certo: uma coisa é bater a porta da empresa; a outra é entrar e, sobretudo, ficar. Paes Mendonça é conhecido por concentrar e não por distribuir poder. Sempre administrou seus negócios com mãos de titânio. Até hoje, o empresário costuma interferir no detalhe do detalhe – da instalação de um quiosque no corredor de um de seus shoppings a ações corriqueiras de marketing, nada é feito sem o seu imprimatur. Difícil, portanto, vê-lo associado a um fundo com o perfil do Aberdeen ou do Aventicum – ambos costumam ter uma participação ativa na gestão das empresas em que investem. No entanto, interlocutores de João Carlos Paes Mendonça entendem que a força das circunstâncias pode levar o empresário a rever velhos conceitos e aceitar um sócio na cadeira ao lado. Por força das circunstâncias entenda-se o ousado plano de investimentos da JCPM. Dono de nove shopping centers no Nordeste, o grupo pretende desembolsar cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2015. Entre outros projetos, o valor inclui a construção de um empreendimento em São Paulo. Não é de hoje também que Paes Mendonça alimenta a ideia de abrir shoppings nas principais capitais do país para que, finalmente, a JCPM tenha uma atuação nacional.
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