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Credores empurram Grupo Hermes para o balcão

  • 29/01/2014
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A quarta geração da família Bach luta para não entrar para a história pela porta dos fundos, como responsável pelo epílogo de uma das mais longevas sagas do varejo nacional. Tarefa difícil. Quanto mais o tempo passa, menor é a margem de manobra do clã, notadamente do empresário Gustavo Bach, ex-presidente do Grupo Hermes, rede fundada pelo seu bisavô, Siegfried Haberer, há mais de 70 anos. A família estaria sendo pressionada pelos credores a se desfazer da empresa, precursora da venda por catálogos no Brasil e dona de um faturamento anual superior a R$ 2 bilhões. Os bancos estariam trabalhando pela transferência do controle a um grupo do setor ou a fundo de private equity – nos corredores da empresa o que se diz é que o BTG Pactual seria um dos candidatos. A Hermes teria uma dívida em torno de R$ 600 milhões. A companhia entrou em recuperação judicial em novembro do ano passado. Desde então, na tentativa de ganhar tempo e conquistar um voto de confiança de bancos e fornecedores, Bach se afastou da gestão executiva e anunciou a contratação da consultoria Alvarez & Marsal. As medidas, no entanto, não teriam surtido o efeito desejado. Aos olhos dos credores, a crise financeira do grupo estaria indissociavelmente vinculada a equívocos administrativos e estratégicos cometidos pela família Bach, entre os quais uma excessiva alavancagem financeira e uma desordenada política de investimentos no comércio eletrônico, leia-se o portal CompraFácil. Na tentativa de salvar os dedos, os Bach já esparramaram seus anéis sobre o balcão. Colocaram a  venda um centro de distribuição no Rio de Janeiro e o site CompraFácil. A negociação destes ativos permitiria a  família capitalizar a Hermes e evitar uma dramática solução final, leia-se a negociação do próprio controle do grupo. No entanto, nada é simples na vida dos Bach. Com o perdão do trocadilho, o CompraFácil poderia mudar seu nome para “Venda Difícil”. Nos últimos três meses, o grupo ofereceu o site a Deus e o mundo. ViaVarejo e B2W, por exemplo, olharam os números da operação e torceram o nariz. As gestões prosseguem e os Bach já teriam, inclusive, reduzido em 30% o valor pedido pelo site de comércio eletrônico. No entanto, no meio do caminho, a família ainda sofreu outro duro baque. No fim do ano passado, o CompraFácil perdeu o contrato para a venda de produtos da AmBev.

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