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Brasil trata sua abstinência em terras raras

  • 27/12/2013
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O Marco Regulatório para a Exploração e Mineração das Terras Raras foi, enfim, aprovado pelo Senado Federal, ainda que com mais de cinco décadas de atraso. Esses valiosos minérios que atendem por nomes esotéricos, como tório, lantânio, cério, samário, disprósio, itérbio e gadolínio, entre outros, são papa fina no mercado. Parte deles, como o césio e o tório, é radioativa, com potencial de uso em artefatos nucleares; outros têm utilização na eletroeletrônica de ponta. A lentidão brasileira na compreensão desta riqueza nacional permitiu que os chineses, hoje praticamente monopólicos na exploração desses minerais, com as maiores reservas do mundo, colocassem um pé no mercado brasileiro, através do consórcio comprador de parte da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM). O potentado mineral foi um presente dado no governo militar, mais precisamente no período Médici, a Walter Moreira Salles – o embaixador gostava de dizer que o melhor negócio em suas mãos não era o banco, mas o nióbio, matéria-prima estratégica para a metalurgia de ligas de aço de alta resistência. Ingressaram no capital da CBMM com participação minoritária as japonesas Nippon Steel e JFA, a coreana Posco e as chinesas Citic Group, Anshan Iron & Steel Goup Corporation, Baosteel Group Corporation, Shougang Corporation e Tayuan Group Corporation. Reza a lenda que os chineses detêm a maior participação no consórcio, que, por sua vez, teria uma opção de compra do controle por uma fábula de dinheiro. O negócio vale cada dobrão investido, não somente por se tratar do maior complexo industrial e mineral de nióbio do mundo, mas também por estar encravado em um continente de terras raras. Em outra ponta, a Vale é quem se organiza para explorar suas reservas do minério. Na compra da Fosfertil junto a  Bunge, a “princesinha da mineração” levou de lambuja uma imensa jazida de terras raras envolvida com o papel de embrulho do fosfato abundante na região de Araxá (MG). Esse descaso com a riqueza quase custou a degola de cabeças no alto comando da Bunge. Paciência, agora é tudo da Vale, que pretende também atrair um parceiro minoritário para o projeto, conforme tem sido a política do presidente Murilo Ferreira de diluir os riscos. Deposita-se, inclusive, na Vale a grande expectativa de vingar tantas décadas de leniência com as terras raras, que, em meados do século passado, eram levadas junto com a areia monazítica para servir de “lastro” em embarcações estrangeiras.

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