Arquivos Paulo Pimenta - Relatório Reservado

Tag: Paulo Pimenta

Política

Procura-se um cargo para o candidato Paulo Pimenta

31/03/2025
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O jantar realizado pelo ex-ministro Paulo Pimenta no último dia 19, em Brasília, para celebrar seus 60 anos teve um tom de desagravo. Petistas presentes ao convescote, como a ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, e seu namorado, Lindbergh Faria, defenderam abertamente que o governo deve achar um novo cargo para Pimenta. Trata-se de um cálculo político eivado de pragmatismo. O argumento é que o ex-ministro, pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul em 2026, precisa de uma função com maior visibilidade para alavancar, desde já, suas chances eleitorais. Defenestrado da Secom com a pecha de carregar sobre os ombros a culpa pela queda de popularidade do presidente Lula, Pimenta cumpre seu “exílio” de volta à Câmara dos Deputados.

#Paulo Pimenta

Política

Será que Paulo Pimenta ainda vai fazer falta?

13/12/2024
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No Palácio do Planalto, é voz corrente que a iminente nomeação de Sidônio Palmeira para a chefia da Secom vai reforçar o poder de Janja na comunicação do governo Lula, especialmente nas redes sociais. Durante a campanha, a futura primeira-dama já interferia na produção dos programas para o horário eleitoral e na elaboração de conteúdos para as mídias digitais, sempre com a parcimônia do marqueteiro. Em quase todos os debates, Janja juntava-se a Sidônio na preparação do roteiro para Lula e também nas intervenções durante os intervalos. Ou seja: a chegada do publicitário, se confirmada, parece feita sob medida para a primeira-dama.

#Janja #Lula #Paulo Pimenta

Governo

Iminente retorno de Paulo Pimenta à Secom causa temores no governo

29/08/2024
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já sinalizou ao governo que não pretende pautar a votação em plenário da Medida Provisória 1220/24, que criou a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para a Reconstrução do Rio Grande do Sul. Caso se confirme, o cargo será formalmente extinto em 15 de setembro, quando a MP caduca. O assunto causa preocupação no Palácio do Planalto. Talvez não exatamente pelo fim da Secretaria, ainda que ela tenha uma função política de razoável importância, como a face e a voz do governo federal para as vítimas das enchentes gaúchas. O problema é que o desaparecimento do cargo significará a volta de Paulo Pimenta à chefia da Secom e, consequentemente, ao comando da comunicação do governo Lula. Há cerca de dez dias, o presidente da República disse publicamente que “Paulo Pimenta é o meu ministro da Secom”. Para logo depois emendar: “Mas acho que está cedo para ele voltar”. Mais Lula, impossível.

#Paulo Pimenta #Secom

Análise

Com ou sem Pimenta, a comunicação do governo Lula segue insossa

27/06/2024
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A ineficiente comunicação do governo é assunto permanente dentro do próprio governo. Até pouco tempo, a culpa era depositada quase que integralmente no então ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. O ministro não é do ramo e não tem um publicitário estrategista ao seu lado, como foi Nizan Guanaes no governo FHC. Pimenta foi reconduzido para outro cargo, a Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Mas o temporal continua tombando sobre a comunicação. Verdade seja dita, antes mesmo da transferência de Paulo Pimenta, o consenso era de que o problema estava na área digital, onde a gestão Lula perde de lavada para o seu principal opositor, Jair Bolsonaro. Foram contratadas, então, quatro agências: Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o consórcio BR e Tal, composto pela BRMais e Digi&Tal. Por enquanto, não foi o suficiente para virar o placar.
A responsabilidade do insucesso passou então, muito discretamente, para Janja, principalmente na área digital. A primeira-dama apita em tudo o que se faz nas redes. Com Janja ou sem Janja, o governo não tem slogan, não tem mensagem, tem baixa aparição, deixa suas conquistas passarem batidas e, sobretudo, não coloca uma equipe à disposição da mídia para explicar em detalhes as intrincadas reformas que pretende passar no Congresso. A tributária, por exemplo, tem centenas de mudanças. Só a parte de incentivos fiscais, sendo detalhada, tem mais de 150 benesses a segmentos variados.
Entre outras serventias, um trabalho maciço de explicações à sociedade ajudaria a combater os lobbies dos grupos de interesse. Seria necessário também algum mote que reunisse a algaravia de artigos e incisos da reforma tributária em uma mensagem de apelo nacional. Algo assim como “a reforma tributária vai fazer os ricos menos ricos e os pobres menos pobres”. Na falta de definição sobre quem toma conta da comunicação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acaba sendo o único responsável pelas grandes decisões, até mesmo em função do seu maior apelo midiático. Na prática, é ele que acumula o cargo de ministro interino da Secom. Mas essa é a solução que não soluciona nada. Haddad é quase um comunicólogo de nascença. Contudo, essa função disfuncional somente o desgasta. O fato é que a caravana do governo segue surda e muda, e a comunicação primando pela sua ausência.

#Lula #Paulo Pimenta #Secretaria de Comunicação Social

Política

Até quando a reputação de Lula resistirá ao governo Lula?

10/05/2024
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Uma coisa é Lula. Outra coisa é seu governo. A cada pesquisa da Quaest, indicando um descolamento da popularidade do presidente e da avaliação do seu terceiro mandato,  a orelha do ministro chefe da Secom, Paulo Pimenta, fica mais vermelha. Se ele não fosse da cota direta de Lula, já teria sido incinerado no cargo. O instituto de pesquisas revela que 50% da amostragem enxergam o presidente de forma positiva. Mas apenas 33% aprovam o seu governo, uma diferença de praticamente 20 pontos percentuais. É o pior índice alcançado pelo petista, em todas as suas gestões. Se vale de alguma explicação, o próprio Pimenta acusou que o maior erro do governo em 2023 foi na sua área, ou seja, na comunicação, especialmente a digital.

No Palácio do Planalto os dados da Quaest não revelam nenhuma contradição, mas, sim, um péssimo trabalho da Secom. O RR apurou junto a um parlamentar do PT que a última chance de Pimenta é conduzir um exitoso trabalho na comunicação das medidas para o enfrentamento da tragédia do Rio Grande do Sul. As ações terão de ser certeiras. Difícil. Ontem mesmo, o governo fez uma trôpega divulgação do pacote de ajuda ao estado no valor de R$ 50,9 bilhões. O número por si só já carregava um forte apelo: é mais do que o dobro dos R$ 19 bilhões que, segundo estimativa do próprio governador Eduardo Leite, serão necessários para a reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. No entanto, o anúncio se limitou à antecipação do pagamento de benefícios à população gaúcha, como abono salarial, seguro-desemprego, Bolsa Família, Auxílio Gás, restituição do Imposto de Renda etc. Não que a iniciativa não tenha valor. No entanto, o governo nada disse sobre as medidas que serão adotadas para a recuperação estrutural do Rio Grande do Sul: zero de detalhes sobre plano de ação, prazo, órgãos federais envolvidos, lista de prioridades, custo de cada obra. Silêncio absoluto.

Antes mesmo da catástrofe do Rio Grande do Sul, já havia um incômodo crescente no Palácio do Planalto em razão do diagnóstico de que o governo tem muito a mostrar, mas os erros na comunicação impedem que essas ações sejam devidamente percebidas pela população. Há realizações de impacto direto para a população, como o aumento e a nova política de reajuste do salário mínimo, de acordo com a inflação, e o crescimento do PIB; a ampliação da taxa de isenção do IR para quem recebe até R$ 2.824; a queda continua no IPCA, tanto em 2023 (4,62% frente a 5,79% em 2022) quanto nas projeções para 2024; o PIB reiteradamente acima das expectativas, chegando a praticamente 3% em 2023 e já estimado em mais de 2% para 2024, segundo o último relatório Focus; os números do Desenrola, que negociou R$ 32 bilhões em dívidas em 2023, tornando-se um dos maiores programas do gênero no mundo. E tem mais: emprego, renda, consumo, carteira assinada, e por aí vai. Ora, tudo isso não seria suficiente para mover o ponteiro a favor do governo? Qual a diferença para Lula 1 e 2, quando, mesmo com uma gestão ortodoxa da economia, as políticas compensatórias se refletiam rapidamente nos índices de aprovação da gestão?

A primeira resposta, de acordo com as fontes ouvidas pelo RR, é que o atual governo patina para criar marcas, como foram o Bolsa Família e mesmo o PAC, com todos os seus – muitos – problemas. Na ausência desses fatores, a avaliação positiva recairia na “bandeira” que resta ao Planalto: o próprio Lula, apesar de suas gafes quase diárias. A última foi dizer que o seu maior bastião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “pode errar que o seu governo vai dar certo”. Já um segundo problema de efeito direto para a baixíssima avaliação da gestão seria a resistência na inflação dos alimentos. Um dado exemplificaria o tamanho do buraco: enquanto o IPCA de abril confirma a tendência de “queda livre” (que o BC não nos ouça), desacelerando para 0,21%, o grupo de alimentos cresceu 0,61%, praticamente o triplo. O mal-estar gerado pela sensação de que “nada muda” no custo de vida funcionaria como uma “sombra” de pessimismo sobre todos os resultados de Lula 3. E explicaria, por exemplo, dados aparentemente irracionais, como a percepção de que o desemprego aumentou (o que não é verdade), para 43% dos entrevistados pela Quaest, e o poder de compra diminuiu (67%).

Pelo menos uma solução já está à vista: a utilização de todas as armas para baixar o preço de itens essenciais de alimentação, entre elas a possibilidade aberta pela tragédia no Rio Grande do Sul. A percepção é que, diante da comoção gerada no país, medidas que antes provocariam intensa resistência no mercado e mesmo no Congresso passarão batidas. O cataclisma de Porto Alegre pode dobrar a resiliência do Legislativo em aprovar as medidas que ajudariam a concluir a reforma tributária e aumentar a arrecadação. No meio da liberação de recursos, e eles não podem faltar, passariam também alguns contrabandos, tais como ocorreu no governo Bolsonaro com a moratória dos precatórios.

Para o Palácio do Planalto, pimenta nos olhos da oposição é refresco, e nos olhos de Pimenta é caldo de malagueta. Não bastasse essa unanimidade palaciana contrária à sua performance no cargo, de todos os lados o ministro da Secom recebe más notícias. Agora terá de se virar com as denúncias apresentadas pelas lideranças da oposição e da minoria na Câmara dos Deputados, apresentadas à Procuradoria-Geral da República. A motivação seria o abuso de autoridade após o governo federal ter pedido investigações pela suspeita de propagação de fake news por políticos da bancada do Rio Grande do Sul. O que é pior: as fake news teriam sido usadas durante a enchente de Porto Alegre e cercanias. Pode ser que Pimenta seja deslocado para alguma secretaria particular de Lula no próprio Palácio do Planalto. Mas não se espantem com o desfecho da história. O slogan dessa temporada bem pode ser: “Janja vem aí”.

#governo Lula #Paulo Pimenta #popularidade

Governo

Paulo Pimenta quer limpar a barra do governo ou a sua própria?

27/03/2024
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Em meio à lavação de roupa suja dentro do governo pela queda de popularidade de Lula, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, está pleiteando recursos adicionais para o órgão – além dos cerca de R$ 640 milhões já previstos no Orçamento deste ano. Além das mídias convencionais, Pimenta quer descarregar dinheiro em publicidade nas redes sociais, território em que a oposição pinta e borda. No entanto, solicitação do ministro da Secom encontra resistências dentro do governo – o ministro da Casa Civil, Rui Costa, é um dos seus maiores críticos. Há quem diga que Pimenta está mais preocupado em melhorar a própria reputação do que a do governo.

#Paulo Pimenta #Secom

Política externa

Pimenta ou diplomacia? Planalto discute reação a ataques de Milei contra Lula

23/11/2023
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Há uma divisão dentro do Palácio do Planalto em relação ao tratamento que deve ser dado aos ataques feitos por Javier Milei contra Lula. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, tem defendido uma reação mais contundente, com a divulgação de um comunicado oficial da Presidência da República repudiando os termos usados por Milei para se referir a Lula – entre os quais “ladrão” e ex-presidiário.

Um impulsivo Pimenta já disse publicamente que o presidente brasileiro só deveria entrar em contato com o futuro chefe de governo argentino após receber um pedido de desculpas. Na contramão de Pimenta, Celso Amorim tem desempenhado o papel que lhe cabe, o do diplomata. Amorim rechaça a ideia de um posicionamento formal contra Milei. Pragmaticamente, prega que o novo presidente argentino ainda está sob os efeitos da disputa eleitoral e as coisas vão se resolver como sempre se resolveram: a partir das relações de Estado.

#Argentina #Javier Milei #Lula #Paulo Pimenta

Uma rara vitória da Lava Jato

5/05/2021
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Segundo o RR apurou, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) negou pedido do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) de divulgação dos nomes dos procuradores norte-americanos que tiveram acesso aos arquivos da Lava Jato, assim como das informações colhidas por eles. Pimenta busca provas de que Deltan Dallagnol e cia. teriam repassado ilegalmente dados das investigações à Justiça dos Estados Unidos. Dallagnol pode respirar melhor, mas muito provavelmente será um alívio efêmero. Quer seja com Jair Bolsonaro, que seja com Lula no Palácio do Planalto, a batata do procurador vai assar.

#Deltan Dallagnol #Paulo Pimenta

“Greenwald Livre”

12/07/2019
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Parlamentares do PT e do PSOL articulam a criação de uma bancada pela liberdade de imprensa. A ideia é encabeçada, entre outros, pelos deputados Paulo Pimenta e David Miranda, companheiro de Glenn Greenwald, editor do The Intercept. Seria um gesto simbólico e profilático contra eventuais tentativas da Justiça ou do MPF de impedir a divulgação das mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol e cia.

#David Miranda #Glenn Greenwald #Paulo Pimenta #PSOL #PT #Sérgio Moro #The intercept

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