Saúde

Vacina contra o vírus sincicial já está no radar da ministra Nísia Trindade

  • 20/10/2023
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O Ministério da Saúde pretende iniciar, ainda neste ano, os estudos técnicos para incorporar ao Programa Nacional de Imunizações a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções, em especial a bronquiolite. O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas. Segundo dados da Fiocruz, 60% dos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) até os quatro anos de idade são causados pelo vírus sincicial. 

Desde que assumiu, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem tratado como prioridade absoluta ampliar o leque de imunizantes disponíveis no SUS assim como aumentar a cobertura vacinal no país. Os números dos últimos anos são preocupantes. Entre 2001 e 2015, a média da parcela da população com as vacinas em dia sempre esteve acima dos 70%, alcançando seu recorde histórico em 2015 (94%). Esse índice começou a cair em 2016 e despencou – qual a surpresa? – durante o governo Bolsonaro. No ano passado, ficou em 67,94%. 

Em contato com o RR, o Ministério da Saúde informou que “O Programa Nacional de Imunizações (PNI) monitora as duas vacinas (para o vírus sincicial respiratório) com pedido de registro junto à Anvisa e aguarda essa aprovação para realizar as análises técnicas necessárias para verificar a viabilidade de incorporação, que incluem o estudo de viabilidade e demais trâmites junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).” A Conitec avalia a tecnologia e emite um Relatório de Recomendação que leva em consideração “as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento e avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas”.

O pedido mais recente de registro da vacina contra o VSR foi protocolado na Anvisa em agosto. O imunizante, comercialmente batizado de Abrysvo, é produzido pela Pfizer. A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, e a União Europeia já autorizaram o seu uso em idosos e gestantes.  A segunda requisição em análise na agência reguladora é da vacina Arexvy, desenvolvida pela GlaxoSmith Kline.

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