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A recém-anunciada parceria entre a Citrosuco e a Auren Energia na construção do parque gerador Sol de Jaíba (MG) é apenas a ponta do iceberg de uma engenhosa estratégia. De um lado da mesa, estão os Ermírio de Moraes; e, do outro, também. A ideia é que a Auren, controlada pela Votorantim e pela canadense CPP, se associe a outras empresas do conglomerado para investimentos conjuntos em geração renovável. Já existem conversas nesse sentido com a Votorantim Cimentos e a Nexa Resources, braço de mineração da Votorantim.
É um jogo de ganha-ganha. A Auren poderá ampliar seu portfólio de ativos – a carteira soma cerca de 1,5 MW – em um momento em que o negócio precisa mesmo de uma dose extra de voltagem. Resultados bem aquém do esperado – prejuízo de R$ 317 milhões em 2023 – e o ciclo mais longo de maturação dos projetos têm reduzido o apetite do mercado pela companhia. Desde a oferta de ações, em março de 2022, o valor de mercado da Auren caiu 23% – o market cap atual gira em torno dos R$ 12 bilhões.
Por sua vez, com a parceria “doméstica”, as empresas do Grupo Votorantim poderão ampliar seus investimentos em autogeração e aumentar garantir suprimento de parte da sua demanda por energia, a exemplo da Citrosuco, também pertencente aos Ermírio de Moraes. No caso da Nexa, por exemplo, as tratativas apontam para a instalação de um parque de energia solar em Minas Energia, onde a empresa tem uma mina e uma refinaria de zinco e duas jazidas polimetálicas nas regiões de Vazante e Morro Agudo. Procurada, a Votorantim não quis se pronunciar.
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