Institucional

Disputas políticas provocam um curto-circuito na Aneel

  • 16/08/2023
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Há uma disputa política pelo comando da Aneel, alimentada pelo Centrão. A ala governista do PL trabalha junto ao Palácio do Planalto para emplacar o diretor Fernando Mosna na chefia da agência, em substituição a Sandoval Feitosa Neto. Já o MDB, em especial o ex-senador e ex-governador de Rondônia, Valdir Raupp, tem feito gestões para que o atual secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, assuma o posto.

Trata-se de uma difícil batalha. Feitosa, o atual diretor-geral, tem uma couraça resistente. Indicado em agosto do ano passado pelo então ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ele acabou se reposicionando junto ao PP. Pragmaticamente, aproximou-se do grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira, o que costuma ser meio caminho andado no atual governo.  

Difícil dissociar a movimentação pela troca na direção da Aneel das divergências internas que vieram à tona nos últimos dias. Na semana passada, Fernando Mosna, acompanhado do também diretor Ricardo Tilli, abandonou uma reunião pública, por divergências relacionadas à possível nomeação de Paulo Firmeza para a Procuradoria-Geral da Agência. Toda ação provoca uma reação em força igual e contrária. O PP, de pronto, entrou em campo para blindar Sandoval Feitosa Neto.

Segundo o RR apurou, há pressões para que a Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) instaure um processo contra Mosna – e, de quebra, Tilli. Nesse caso, a título ilustrativo, as punições previstas pela CEP vão de uma simples advertência ou censura ética até mesmo à demissão por “quebra do decoro inerente ao cargo”, com base na Conduta das Altas Autoridades.  

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