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Do encontro das águas de dois grandes grupos da área de infraestrutura pode surgir uma das maiores empresas privadas de saneamento do país. A CAB Ambiental, controlada pela Galvão Engenharia, e a Aegea, leia-se Equipav, negociam sua fusão. A associação daria origem a uma companhia com faturamento próximo dos R$ 900 milhões e 35 concessões em seis estados. Entre os pingentes pendurados neste colar estariam a ProLagos, da Região dos Lagos (RJ), e a aguas Guarioroba, de Campo Grande (MS), duas das maiores operadoras do Brasil não controladas por governos estaduais ou municipais. A nova empresa já sairia do ovo controlando aproximadamente 25% do mercado privado de saneamento. Oficialmente, a Equipav nega a fusão. No entanto, segundo o RR apurou, o grupo seria o acionista majoritário, com algo em torno de 60% das ações. Uma vez consumada, a operação significará uma reviravolta em relação a negociação travada no início deste ano, quando a Equipav apresentou uma oferta para comprar o controle integral da CAB, o que significaria a saída da Galvão do setor de saneamento. Ressalte-se que esta pororoca societária não ficará restrita a Equipav e a Galvão. Um candidato mais do que natural a desaguar no negócio é a BNDESPar, que tem um terço do capital da CAB Ambiental e aproveitaria a fusão para diluir sua participação. Por sua vez, a Aegea deverá carregar um sócio cheio de liquidez para a nova empresa. Trata-se do GIC, fundo soberano de Cingapura, que fechou recentemente um acordo para aportar cerca de R$ 300 milhões no braço de saneamento da Equipav. De acordo com a fonte do RR, a nova empresa teria um plano de investimentos até 2015 estimado em R$ 2,3 bilhões – algo 50% superior ao valor orçado exclusivamente pela Aegea para o mesmo período. Parte destes recursos seria destinada a aquisições, até porque um dos objetivos da Equipav e da Galvão é que a companhia venha ao mundo para ser uma consolidadora do setor. Ao mesmo tempo, os dois grupos nutrem a expectativa de que a futura empresa seja um rio capaz de correr em direção a três letras: IPO.
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