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A captura de sinergia entre o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal na área de processamento de dados pode gerar a maior empresa nacional de tecnologia. O projeto em questão passa pela integração operacional e societária de toda a estrutura de TI da dupla, incluindo a rede de atendimento ? só de caixas eletrônicos, são quase cem mil. Durante o governo Lula, as duas instituições financeiras chegaram a ensaiar um movimento semelhante. Na ocasião, a operação se daria por meio da entrada da CEF, mais precisamente da Caixa- Par, no capital da Cobra, braço de tecnologia do BB. No entanto, a tecla “enter” jamais foi apertada. Desta vez, o que está sobre a mesa é a criação de uma nova companhia, com o controle repartido diretamente pelos dois bancos federais. O projeto é um software livre, aberto a outros informatas. A princípio, BB e CEF ficariam com 50% da nova empresa. O restante das ações seria oferecido a um parceiro estratégico ou a um sócio investidor. Neste caso, um dos nomes que aparece na tela do computador é do BTG Pactual. Os motivos são óbvios: é banco, pode virar cliente, e ainda seria um valioso adviser para a eventual atração de outros parceiros. Seguindo a mesma linha, a nova empresa não serviria somente a otimização das redes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Seria também uma plataforma para a prestação de serviços a outras instituições financeiras, a começar por Basa e Banco do Nordeste, apenas para citar os potenciais clientes mais a mão. O mesmo poderia se aplicar aos bancos Votorantim e PanAmericano, que, de certa forma, também estão dentro de casa, por conta das participações, respectivamente, do BB e da Caixa Econômica. Ressalte-se que, na prática, o BB e a CEF já deram um passo importante para consumar este amálgama cibernético. Recentemente, montaram, em Brasília, um grande centro de dados, com mais de 25 mil metros quadrados e cerca de 120 quilômetros de rede de fibra óptica. Os ganhos de escala com a associação seriam brutais. Cálculos preliminares indicam que a aglutinação das respectivas áreas de TI em uma só empresa poderá gerar uma economia de até R$ 1 bilhão para as duas instituições financeiras. Em tempo: de quebra, o Banco do Brasil ainda resolveria um problema doméstico. No modelo idealizado para a operação, a Cobra Tecnologia seria incorporada a nova companhia, levando a reboque uma carteira de contratos da ordem de R$ 600 milhões/ano. Este movimento abriria espaço para a extinção da marca, que remete aos tempos de reserva de mercado. BB e CEF e muito provavelmente o BTG se dedicariam, então, a pavimentar o porvir. O futuro, nesse caso, atende por três letras: IPO.
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