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Haga se afasta alguns centímetros do precipício

  • 8/09/2010
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A Haga, tradicional fabricante de fechaduras, deu um novo alento aos minoritários, bancos e fornecedores que estão agarrados a  chave da empresa há mais de três anos. Há cerca de duas semanas, quitou a segunda parcela de R$ 1 milhão do acordo firmado com o Banco do Brasil há pouco mais de um ano. O pagamento era requisito para um acerto ainda maior com o BB: o parcelamento de uma dívida de R$ 48 milhões em 120 meses. A renegociação vai tirar um peso dos ombros da Haga. O valor representa mais de 40% da sua dívida de longo prazo aproximadamente R$ 113 milhões para um patrimônio negativo em torno de R$ 100 milhões. Logo de cara, a empresa vai se livrar do custo de TJLP mais 6% ao ano que incidia sobre um quinto do passivo com o banco. O impacto, contudo, vai além dos demonstrativos financeiros. O acerto com o BB faz renascer entre os credores e acionistas a expectativa de que a Haga saia da recuperação judicial, o que abriria caminho para a venda do controle. Um dos candidatos é a Stam ver RR Negócios & Finanças de 1 de julho. A possibilidade de negociação também representa um alívio para os próprios empregados da Haga, hoje donos da companhia. A Associação dos Funcionários detém 72% do capital. Se o futuro da Haga ainda é uma incógnita, no presente a empresa se tornou um prato cheio para o cassino das Bolsas. O zigue-zague das cotações é frenético. Desde o início de agosto, a ação PN caiu mais de 20%. Em julho, havia subido 60%. Nesse mesmo mês, em um único dia, chegaram a ser registradas quase duas mil negociações, sete vezes mais do que a média nos 20 pregões anteriores.

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