Clientes da Imcopa avançam sobre Walter Faria

  • 27/06/2013
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A inusitada investida do cervejeiro Walter Faria no agronegócio está saindo cada vez mais caro. Além da movimentação dos credores da Imcopa para jogar no colo de Faria o passivo da cooperativa paranaense, na casa de R$ 1 bilhão, outros esqueletos ameaçam sair do armário e aterrorizar o empresário. Um grupo de empresas internacionais que mantinha contratos de importação de derivados de soja com a Imcopa alega não ter recebido a totalidade dos produtos adquiridos. A dívida chegaria a US$ 200 milhões. Os supostos atrasos teriam sido decorrentes da redução da capacidade de processamento das duas unidades da Imcopa, no rastro da crise financeira que resultou no pedido de recuperação judicial. Procurada, a Imcopa negou qualquer atraso ou dívida referente a contratos de exportação. A Petrópolis, de Walter Faria, afirmou não ter recebido qualquer cobrança neste sentido. Pode até ser. No entanto, desde que os caminhos da cervejaria e da cooperativa agrícola se cruzaram, está difícil identificar o que é fato e o que é versão. A relação entre ambas é cercada por densa neblina. Mesmo com a interveniência da Justiça, seis meses após o pedido de recuperação judicial os próprios credores da Imcopa não teriam obtido acesso aos detalhes do acordo com a Petrópolis. Há quem diga que Walter Faria discretamente teria comprado uma participação na companhia paranaense.

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