Acervo RR

Funcionários da Chesf a caminho da cadeira elétrica

  • 19/02/2013
    • Share

A julgar pela aritmética da área de Minas e Energia, a Chesf vai virar uma espécie de Dresdner pós- Segunda Guerra Mundial. A adesão a  nova política tarifária instituída pelo governo representará um bombardeio sobre a estatal. Segundo uma alta fonte do Ministério, a subsidiária terá de reduzir sua folha salarial em até 30% até 2014. O corte será necessário para a empresa fazer frente a  redução de 20% nas tarifas de energia elétrica. De acordo com a mesma fonte, o enxugamento de pessoal começará em abril. Procurada, a Chesf informou que o assunto “ainda está em processo de definições”. Se o presidente da Chesf, João Bosco de Almeida, e seus blue caps tivessem a última palavra, a história não seria bem assim, Mas a ordem vem de cima, no melhor estilo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Se serve de alento, a direção da Chesf vai tentar preservar ao máximo os funcionários. A estatal pretende acelerar os processos de aposentadoria previstos para este ano, além de implantar um Programa de Demissões Voluntárias (PDV). Em outubro do ano passado, a Chesf já havia anunciado um pacote de contenção orçamentária com 33 medidas – a maioria relacionada a cortes de investimento (em torno de R$ 1 bilhão) e redução de despesas na esfera administrativa. Em tempo: a decisão veio do Olimpo, mas caberá aos mortais que dirigem a Chesf assumir o ônus pelo impacto negativo das medidas, sobretudo do ponto de vista político. Neste caso, o governo acredita ter o homem certo no lugar certo para encarar a espinhosa missão. O peso das demissões cairá sobre os ombros já alquebrados do presidente da estatal, João Bosco de Almeida, que estaria prestes a deixar o cargo – ver RR edição nº 4.554.

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.

Rolar para cima