Acervo RR

As chagas sem cura de José

  • 19/08/2010
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Imagine a cena final da batalha dos Termópilas. O desfiladeiro repleto de pedaços de corpos, o sangue tingindo de rubro o verde do limo, uma truculência inimaginável. Pois bem, transfira esse cenário para a campanha presidencial. Não é difícil saber se é Serra ou Dilma quem está esquartejado de forma brutal na disputa eleitoral. O cientista político Alberto Almeida, do Instituto Análise, que não errou até agora nenhuma previsão – ressalte-se o até agora – já há algum tempo não tem dúvida, cantando a pedra de que a vitória de Dilma Roussef seria massacrante. Para se ter uma ideia da extensão da derrota do candidato do PSDB, Alberto projeta um revés de enorme simbolismo: José Serra, que hoje teria 47% dos votos em SP, perderia para Dilma, com 37%, na sua própria capital, reduto histórico da força tucana. A margem máxima de diferença dos votos entre Dilma e Serra, que estava prevista em 20% a favor da primeira, já deu mais alguns passos, chegando a 23%. Os aumentos devem marchar sustentavelmente no Ibope. Na pesquisa da próxima sexta, Dilma já pula para um intervalo entre 13% e 15%. Na sexta-feira, 27, deve ficar entre 15% e 18%. Mesmo que haja alguma dispersão, Serra será dilacerado . Acabou, chorare.

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