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Acervo RR
A trajetória de José Ricardo Roriz Coelho na indústria petroquímica praticamente chegou ao fim. Esta é o vaticínio dos seus próprios pares no setor. Roriz Coelho foi o protagonista de um episódio que, a um só tempo, lhe valeu a ira eterna dos acionistas e diretores da Vitopel, sua última empregadora, a antipatia generalizada das empresas da área petroquímica e o status de persona non grata no governo. No dia 16 de setembro, Roriz Coelho, ex-presidente da Suzano e da própria Vitopel, assinou um artigo na Folha de S. Paulo com severas críticas ao governo por conta das novas restrições a importação de resinas plásticas. O executivo fez da Braskem o seu alvo dizendo que a decisão da Camex beneficiaria uma concentração de mercado. Além do crachá de presidente da Abiplast, Roriz Coelho assinou o artigo como conselheiro da Vitopel – cargo que existe apenas no pretérito do seu currículo vitae. No próprio dia 16, em sua versão online, a Folha corrigiu a informação, dizendo que ele não fazia mais parte do Conselho da empresa. Mas, a essa altura, o estrago já estava feito. A reação da companhia foi proporcional ao estado de cólera com que seus executivos receberam o artigo. Três dias depois, a Vitopel soltou um comunicado constrangedor, arrasador, negando que Roriz Coelho faça parte de seu Conselho de Administração e desautorizando-o a emitir qualquer opinião na imprensa usando o nome da empresa. Na fabricante de plásticos, a percepção é que ele utilizouse deliberadamente do antigo posto e da marca da Vitopel para dar credibilidade a sua operação de lobby.
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