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Acervo RR
A Petrobras vai criar asas. Maria das Graças Foster autorizou estudos para a criação de uma frota própria de helicópteros. As aeronaves serão usadas no suprimento offshore. A principal motivação da estatal é não ficar nas mãos de empresas terceirizadas, seja por questões estratégicas, de custos e, sobretudo, de segurança. As despesas da empresa com o apoio a plataformas vão crescer substancialmente com os investimentos no pré-sal. Procurada pelo RR, a Petrobras negou o projeto. Feita sob medida para as necessidades da Petrobras, a medida representará uma rajada de tiros nas hélices da Líder Aviação. Responsável por quase 90% da demanda por helicópteros no setor de exploração e produção no país, a estatal é mais do que um cliente da empresa mineira. Trata-se praticamente de uma divisão inteira da companhia aérea. A Petrobras é, disparada, o principal combustível de sua carteira de clientes no segmento offshore. Este mercado corresponde a aproximadamente 40% do faturamento da Líder, que rompeu a barreira dos R$ 700 milhões no ano passado. Ou seja: a medida que a estatal avançar na compra de helicópteros próprios e for reduzindo a dependência em relação aos serviços terceirizados, maior o tamanho da sangria na receita da Líder. Nos últimos anos, a maior parte dos investimentos da Líder se concentrou justamente no fornecimento de aeronaves e nos serviços de manutenção para a indústria petrolífera. Os aportes feitos desde 2009 já teriam passado dos US$ 150 milhões. Entre outros projetos, a empresa está construindo um novo hangar no aeroporto de Campos para atender a s plataformas no litoral norte do Rio de Janeiro. Não custa lembrar que o crescimento da Líder neste setor foi uma das principais razões para que, em 2009, a norte-americana Bristow pagasse cerca de US$ 220 milhões por 42,5% da companhia mineira. Bem, daqui a pouco, a Petrobras cria um plano de saúde, uma empresa de catering, uma fábrica de macacões etc etc.
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