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O Rio unido pela bolsa de commodities

  • 8/02/2012
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A bolsa de derivativos de commodities é um passarinho que está batendo na janela do governador Sergio Cabral e pedindo para entrar. Por enquanto, apenas uma fresta está aberta. Mas só se Cabral tiver planos de divórcio da carreira política e da gestão pública não transformará a oportunidade em bandeira do seu governo. Quem avisa amigo é. O governador Geraldo Alckmin já articula conversações com a BM&F Bovespa. Mas trazer a bolsa para o Rio tem um inestimável valor simbólico, maior até do que o propriamente econômico. Explica-se: a Bolsa de Valores do Rio acabou raptada para São Paulo, deixando o estado órfão do seu templo das finanças cariocas. Foi uma das perdas mais sentidas do Rio. Quem quer agora criar a bolsa de derivativos de commodities é a presidente Dilma Rousseff, com quem Cabral tem boa interlocução. O pleito deveria copiar o modelo americano, no qual a Bolsa de Nova York funciona no estado de mesmo nome e a de contrato futuro de commodities, em Chicago. No Rio, já estão a Vale, a EBX, a Petrobras, e viriam empresas de grão, celulose, algodão e alimentos. São Paulo que fique com a BM&F Bovespa! Cabral, por circunstância da fortuna, tem o pré-sal submerso em águas do estado, o fenômeno Eike Batista, que, no momento, viabiliza a implantação do maior projeto portuário do Brasil, o condomínio de logística multimodal que está sendo construído em Cabo Frio, o Porto Maravilha, o boom da indústria hoteleira, a Copa do Mundo e a Olimpíada. Só falta mesmo resgatar a Bolsa. Esperase virilidade do rapaz, no bom sentido, é claro.

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