Acervo RR

Mapfre faz um apartheid entre seus corretores

  • 22/12/2011
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Que o presidente da Mapfre no Brasil, Marcos Eduardo Ferreira, não espere efusivas e, muito menos, sinceras mensagens de “Feliz Natal” por parte dos corretores da companhia. Ferreira comprou uma briga com os mais de 10 mil distribuidores de seguros da empresa em todo o país. O motivo é o lançamento do Mapfre Bien Vivir, um seguro de vida altamente sofisticado, desenvolvido com base em produtos internacionais, notadamente do mercado norte- americano. Foram quase dois anos de estudos, conduzidos com o apoio de consultores do Brasil e do exterior. Ou seja: no entendimento da direção da companhia, trata-se de uma pedra preciosa demais para ser comercializada “por qualquer um”. De acordo com informações filtradas junto aos próprios corretores, a Mapfre teria decretado uma espécie de apartheid comercial. Há queixas de que os espanhóis fixaram uma série de pré-requisitos e, principalmente, margens de lucro extremamente draconianas com o deliberado objetivo de desestimular sua tropa de distribuidores a trabalhar com a nova apólice. Procurada pelo RR, a Mapfre informou que o produto “está aberto a todos os corretores, considerados o principal canal de distribuição da empresa”. A turma da corretagem enxerga uma manobra realmente segregacionista. A estratégia da Mapfre seria a de concentrar a distribuição da apólice em castas mais altas da área comercial, leiase um grupo seleto de consultores financeiros e de bancos parceiros. Em português claro: aos olhos dos espanhóis, sua trupe de pastinhas não estaria devidamente preparada para ofertar um seguro praticamente inédito entre as companhias que operam no país.

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