Infraestrutura

Parece que falta engenharia para escoar as enchentes do Rio Grande do Sul

  • 14/05/2024
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Com relação à tragédia do Sul do país, no momento a maior prioridade nacional, já se pronunciaram ambientalistas de diversas safras, integrantes da equipe fazendária de múltiplos escalões, autoridades governamentais de várias cepas, parlamentares de todas as matizes, cientistas sociais transbordando comoção e por aí vai. Mas, aparentemente, ninguém ouviu os engenheiros. O RR procurou um mestre da indústria da construção pesada para palpitar sobre o que pode e deve ser feito. Feita a pergunta, ouviu como resposta outra pergunta. Melhor dizer, uma manifestação de perplexidade. Segue a inquietante dúvida: “Ainda não entendi por que não foi estudada uma solução para escoar água da Lagoa dos Patos, algo como um canal com comporta ou bombeamento, como no sistema da Cantareira ou na transposição do Rio São Francisco. Na Cantareira, a água de vários reservatórios sobe a serra por bombeamento, e depois desce pelo outro lado da serra, por gravidade, para abastecer São Paulo.”

A palavra segue com quem entende do riscado como poucos: “Construído na década de 70, pelo governo Laudo Natel, os túneis da elevatória são enormes; passaria um caminhão por dentro. Convém ressaltar que o Guaíba não é um rio, mas um estuário de vários rios – Jacuí, Taquari, Caí, dos Sinos, Paranhana e Gravataí, que já tiveram chuvas e enchentes. A água do Guaíba escoa para a Lagoa dos Patos, onde fica ´travada´ por efeito de ventos e marés, até sua saída para o mar, a 250km ao sul, em Rio Grande. O nível da Lagoa subiu cerca de cinco metros com a enchente. Então para diminuir o nível do Guaíba, por que não se propõe uma saída norte, por bombeamento?”

O curioso é que a UFRGS tem um mestrado em hidrologia e hidráulica. Imagina-se que alguém deve estar pensando nisso.

#enchente #escoamento #Rio Grande do Sul

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