Acervo RR

Blau é o remédio para a impotência aquisitiva da Teva

  • 8/11/2011
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Após as frustradas investidas sobre a BioSintética, a EMS e o Mantecorp, a israelense Teva escolheu um novo medicamento na tentativa de curar sua crônica dor de cotovelo no Brasil. Partiu com tudo na direção do Blau, antiga Blausiegel, laboratório pertencente ao empresário Marcelo Hahn. Se não é um dos primos ricos da indústria farmacêutica nacional, a companhia está longe de ser um ativo desprezível. Deverá fechar este ano com uma receita de aproximadamente R$ 350 milhões. Seu principal negócio é a produção de medicamentos biotecnológicos. Com a eventual aquisição, os israelenses incorporarão três fábricas no Brasil. Desta forma, iniciarão a produção no país ? até o momento, a presença da Teva no Brasil está circunscrita a  distribuição de remédios importados. O grupo herdará ainda uma carteira de contratos de exportação para mais de 20 países, a maioria na América Latina. A direção da Teva no Brasil tem sofrido crescentes cobranças da matriz devido a  demora em emplacar uma aquisição. Até o momento, esta fatura vai inapelavelmente para a conta da subsidiária, sem direito a deságio. As conversações com BioSintética, EMS e Mantecorp foram conduzidas diretamente pela filial. O desgaste com os israelenses teria sido a principal razão para a recente saída de Nelson Libbos da presidência do laboratório no Brasil. A investida sobre a Blau é mais uma tentativa de encerrar esta invencibilidade a s avessas. Os israelenses têm pressa, até porque, com o avanço da consolidação societária no setor, há cada vez menos ativos de peso na prateleira. Enquanto grandes concorrentes mundiais, como Sanofi-Aventis e Pfizer, já fizeram aquisições no país, a Teva ainda tem uma presença tímida no mercado brasileiro, incompatível com sua presença mundial. Com faturamento anual na casa dos US$ 15 bilhões, o grupo tem operações em 60 países. Nos últimos dois anos, tem concentrado seus investimentos internacionais na Europa e na América Latina. Em fevereiro deste ano, comprou o laboratório peruano Infarmasa. Procurados pelo RR, o Blau negou que esteja a  venda e a Teva não retornou o contato até o fechamento desta edição.

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