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Acervo RR
O nome da Ancap, espécie de primo pobre do petróleo na América do Sul, tem sido repetido insistentemente na Petrobras. Os governos do Brasil e do Uruguai estão costurando uma parceria entre as duas estatais. As negociações contemplam desde um acordo operacional entre as companhias até a entrada da Petrobras no capital da empresa uruguaia. O governo de José Mujica enxerga na presença da companhia brasileira um caminho para que a indústria de E&P no Uruguai dê um salto em termos de tecnologia. A Petrobras, por sua vez, entende que poderá compensar o alto risco do investimento com o aumento do seu colar de ativos na América Latina e a possibilidade de pegar carona no potencial de crescimento do quase saárico mercado uruguaio de petróleo. O governo brasileiro e a direção da Petrobras têm acompanhado de perto recentes estudos geológicos no Uruguai, que podem representar uma metamorfose na indústria petroleira local e na própria Ancap. Recentemente, a estatal uruguaia anunciou descobertas de reservas de petróleo em terra. Não por acaso, o governo passou a procurar parceiros ou sócios capazes de alavancar o fôlego financeiro e o know how tecnológico da empresa. A Petrobras, no entanto, vai mergulhar no projeto com segurança redobrada. O acordo que está sendo discutido entre os governos brasileiro e uruguaio prevê a indenização de parte dos investimentos desembolsados pela companhia caso não sejam encontradas reservas de petróleo e gás em escala comercial.
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