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Drogaria São Paulo e Pacheco saem Á s compras de mãos dadas

  • 8/09/2011
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Se o BTG Pactual, dono da BR Pharma, não acelerar seus planos de consolidação no varejo farmacêutico, periga não encontrar ativos de maior dosagem nas prateleiras. A Drogaria São Paulo e a Pacheco, que anunciaram sua fusão na última semana, já fecharam o negócio com a premissa de partir ainda neste ano para a compra de redes de menor porte no setor. De acordo com alta fonte de um dos bancos que trabalham na associação entre as duas empresas, a lista de aquisições é encabeçada por uma companhia com sede no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. Os alvos são, respectivamente, o Grupo Maxcenter, dono das redes Max e Padrão, e a DrogariaOnofre. Entre as famílias Barata e Carvalho, controladora da DPSP, empresa resultante da fusão entre Drogaria São Paulo e Pacheco, a Maxcenter é vista como uma presa mais fácil de cair na rede. O grupo carioca estaria sofrendo com algumas limitações para expandir sua rede. A Onofre, por sua vez, é considerada um osso duro de roer. A família Arede, controladora da empresa, já rechaçou o assédio de outros grupos do setor. Uma hipótese aventada pelos controladores da DPSP para fisgar a rede paulista é oferecer uma participação minoritária na holding para os seus atuais proprietários. De acordo com a mesma fonte, os controladores da holding estudam recorrer ao BNDES para financiar as aquisições – o IPO está previsto apenas para 2012. Por enquanto, são tudo conjecturas. Mas não deixar que o BTG nade sozinho na raia das aquisições é uma decisão estratégica. Com a eventual compra tanto da Maxcenter quanto da Drogaria Onofre, a DPSP passaria de 691 para mais de 800 farmácias, assumindo o primeiro lugar do ranking pelo número de lojas ? o posto é da dupla Drogasil/Droga Raia, com cerca de 700 pontos de venda. No que diz respeito ao faturamento, a nova holding consolidaria sua liderança de mercado, saltando de R$ 4,4 bilhões para vendas anuais em torno dos R$ 6 bilhões. Deixaria bem para trás Drogasil/Droga Raia, com receita de R$ 4,1 bilhões, Pague Menos (R$ 2,2 bilhões) e a própria BR Pharma (R$ 1,2 bilhão). No market share, sairia de 8,7% para pouco mais de 9,2%, abrindo certa distância em relação aos 8,3% da segunda colocada, a Drogasil/Droga Raia. No caso da Onofre, a aquisição ainda permitiria a  DPSP a entrada em dois novos estados – Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

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