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Acervo RR
O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, assumiu uma espécie de -função Rivotril – no círculo palaciano. Em relação a imagem do governo nesses primeiros meses de mandato, há um nervosismo a flor da pele entre as matriarcas do poder ? Dilma, Gleisi, Miriam, Helena e Ideli. A sensação é que as peças não estão se encaixando. As obras do PAC não podem ser usadas como emblema porque fugiram do prazo e não há recursos para acelerá- las devido ao compromisso, ainda que tênue, do Ministério da Fazenda com algum controle fiscal. O trem-bala descarrilou. As fórmulas para a licitação dos empreendimentos públicos estão todas implodindo. A inflação teima em andar de lado. E falta um projeto-símbolo do atual governo, a exemplo do que representou o Bolsa-Família para a gestão Lula. Não bastasse esse fuzuê, a mídia, com motivo – caso do ministro Alfredo Nascimento e do parecer do procurador-geral da República sobre os mensaleiros – ou sem motivo, já até por um certo condicionamento, barbariza o governo com todo tipo de acusações, impropérios e adjetivos. Gilberto diz a s moças que já viveu isso, e em grau muito maior, que a coisa não pega no tranco, a mídia ruge, mas não morde e que o surgimento de casos de má conduta no setor público infelizmente é inevitável. A recomendação é seguir conversando com os sindicatos e os grupos sociais, fazer o que tiver de ser feito para conter a inflação e amplificar a comunicação do governo. O Plano Nacional de Combate a Miséria, por exemplo, passou como uma iniciativa de importância residual. A ministra da Secom, Helena Chagas, aliás, não tem sido merecedora dos afagos de Gilbertinho. Em tom de blague, ele considera que o governo está fazendo mais controle fiscal nas contas da sua publicidade do que em todas as demais áreas. O termômetro de ?Mr.Rivotril? é a pesquisa de popularidade da presidente. Ele diz que, se a aprovação permanece empinada, sempre há mais tempo para corrigir o que ainda está no desvio
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